No caso da imprensa portuguesa, os períodos estudados foram a monarquia, a Primeira República, a Ditadura e o pós-1974. No caso do Brasil, os períodos estudados foram a monarquia e a república. Um terceiro capítulo é dedicado aos jornalistas.
O capítulo sobre a imprensa das antigas colónias, assinado por Antonio Hohlfelft, despertou o meu interesse, dada a falta de bibliografia sobre o tema, como o historiador reconhece (p. 599). Hohlfelft (p. 611) elenca um conjunto de características comuns aos jornais estudados, de que destaco a troca de informação entre os diferentes jornais, com citação e transcrição de artigos, circulação de temas entre os jornais formando uma espécie de opinião pública geral, um jornal proibido era substituído por um novo título com o mesmo editorial e obrigações financeiras e assinantes, por vezes os jornais das colónias opunham-se a empresas coloniais, algumas de capitais ingleses e alemães, julgadas ineficientes, períodos sequenciais de censura, formato tablóide mas permitindo outros tamanhos, exigência inicial da identificação do director e do editor. Antonio Hohlfelft analisou a imprensa colonial em depósito na Biblioteca Municipal do Porto respeitante a Goa, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Macau, S. Tomé e Guiné-Bissau.
Leitura: Jorge Pedro Sousa, Helena Lima, Antonio Hohlfelft e Marialva Barbosa (org.) (2014). A History of Press in the Portuguese-Speaking Countries. Ramada e Porto: Media XXI, 692 páginas, 25€
Sem comentários:
Enviar um comentário