Em Abril de 1972, a Casa da Imprensa atribuía o prémio anual da rádio a três programas ex-aquo: Página Um, Tempo Zip e Vértice (este para o período de Rui Pedro como realizador). O júri da Casa da Imprensa criticava o resto da programação, muito assente no triângulo "disco-anúncio-duas tretas". Os realizadores dos programas premiados salientariam o risco permanente no trabalho diário. Não dito explicitamente mas perceptível: censura.
No caso de Vértice, nos dois meses orientado por Rui Pedro, foi um programa que tentava "aproximar vários ramos de Literatura e Filosofia ao ouvinte com pensamento e Música popular e erudita". O programa pertencia à empresa Espaço 3P, que pretendia um programa exclusivamente musical. Já para Página Um, José Manuel Nunes diria querer um "programa virado aos problemas da sociedade portuguesa e também internacional, mas em menor escala", em termos de textos. No tocante à música estrangeira, divulgava singles de êxito internacional, para satisfazer os 79,4% de ouvintes jovens, ao passo que na música portuguesa estabelecia um critério rígido, não explícito no trabalho da revista Rádio & Televisão de 22 de Abril de 1972. Críticas: no Tempo Zip, a selecção musical chegara a ser feita pelo vendedor da etiqueta musical Zip, além de campanhas de publicidade encapotadas na forma de reportagem, O programa passaria entretanto das Organizações Zip para a Sassetti.
O texto da revista de onde tiro estas páginas não menciona o nome dos membros do júri do prémio da rádio da Casa da Imprensa. Mas o título do texto é marcante: Rádio Nova: rasgar horizontes. Percebia-se a tendência, em especial em programas de fim de tarde e noite. Além da censura, a rádio tinha a concorrência da televisão e precisava de se redefinir para atrair novos públicos. Foi aí que um grupo de jovens - jornalistas e radialistas - começaram a ocupar os períodos de produtores independentes tornados vagos, com especial incidência na Rádio Renascença.
No caso de Vértice, nos dois meses orientado por Rui Pedro, foi um programa que tentava "aproximar vários ramos de Literatura e Filosofia ao ouvinte com pensamento e Música popular e erudita". O programa pertencia à empresa Espaço 3P, que pretendia um programa exclusivamente musical. Já para Página Um, José Manuel Nunes diria querer um "programa virado aos problemas da sociedade portuguesa e também internacional, mas em menor escala", em termos de textos. No tocante à música estrangeira, divulgava singles de êxito internacional, para satisfazer os 79,4% de ouvintes jovens, ao passo que na música portuguesa estabelecia um critério rígido, não explícito no trabalho da revista Rádio & Televisão de 22 de Abril de 1972. Críticas: no Tempo Zip, a selecção musical chegara a ser feita pelo vendedor da etiqueta musical Zip, além de campanhas de publicidade encapotadas na forma de reportagem, O programa passaria entretanto das Organizações Zip para a Sassetti.
O texto da revista de onde tiro estas páginas não menciona o nome dos membros do júri do prémio da rádio da Casa da Imprensa. Mas o título do texto é marcante: Rádio Nova: rasgar horizontes. Percebia-se a tendência, em especial em programas de fim de tarde e noite. Além da censura, a rádio tinha a concorrência da televisão e precisava de se redefinir para atrair novos públicos. Foi aí que um grupo de jovens - jornalistas e radialistas - começaram a ocupar os períodos de produtores independentes tornados vagos, com especial incidência na Rádio Renascença.
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