sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Serviço Público de Media

Hoje, ao final da tarde, Alberto da Ponte, presidente da administração da RTP (à direita na imagem), falou sobre o Serviço Público de Media: Oportunidades e Desafios, na Universidade Católica, conforme eu indicara aqui. Após enunciar quatro tendências globais que afectam o mundo dos media (globalização, fragmentação, digitalização e concentrações), fez uma abordagem ao contexto nacional.


Para Alberto da Ponte, o grande cenário que o país defronta passa por uma nova relação de forças entre criadores e agregadores de conteúdos e distribuidores. Após crítica ao processo de constituição da televisão digital terrestre, onde manifestou dúvidas quanto ao seu futuro, ele acentuou a actual concorrência entre distribuidores de cabo e alertou ainda para a necessidade de alienar parte da produção de conteúdos para especialistas (o que significa redução de parte da produção dentro da RTP).

A sua conferência, que durou cerca de vinte minutos, serviu para falar do que está a ser feito na RTP, no serviço público de televisão e rádio. Em primeiro lugar, identificou o plano estratégico (plano de desenvolvimento e redimensionamento), depois, referiu a próxima assinatura do novo contrato de concessão por 16 anos (até 2030), finalizando com o alinhamento com a EBU (European Broadcasting Union), dentro do programa 2020. Aqui, o posicionamento da RTP atende a cinco áreas de foco: serviço público mais relevante e credível em termos de fonte de informação, mais relevância para públicos jovens, acelerador de inovação e conhecimento, defensor do serviço público de media, transformação da cultura organizacional e da cultura de liderança dentro da RTP.

Destacou ainda a responsabilidade da televisão e rádio públicas em dimensões essenciais: confissões religiosas e actividades desportivas amadoras. Igualmente fez referência a um estudo de imagem da RTP, em que os consumidores de televisão e rádio pública reconhecem a sua qualidade de entretenimento (como os talk shows) e informação e a relação entre custo (taxa paga na factura da electricidade) e benefício. Resiliência, vontade de vencer e inteligência emocional foram as ideias finais da conferência do presidente da rádio e televisão pública.

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