Hoje, ao final da tarde na Universidade Nova de Lisboa, foi lançado o livro de Jorge Botelho Moniz, A Caminho da República. Imagens que mudaram a face da opinião pública portuguesa.
O livro deste jovem licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais, mestre em Direito e a fazer o doutoramento em Ciência Política trabalha a iconografia do período de ascensão do republicanismo em Portugal (1875-1908). Jornalismo, comemorações do tricentenário de Camões, anticlericalismo, bancarrota, ultimato, 31 de Janeiro de 1890, sistema eleitoral, adiantamentos à Coroa, João Franco e regicídio são os tópicos principais do livro. Nele, há recurso a muitas reproduções de peças gráficas humorísticas e caricaturas, retiradas nomeadamente das publicações A Corja, O António Maria, Ilustração Portuguesa e O Combate (as imagens abaixo pertencem às duas primeiras publicações).
A apresentação do livro coube a Manuel Filipe Canaveira e Júlio Rodrigues da Silva. O primeiro salientou a importância da caricatura e do desenho gráfico como forma forte de comunicação visual com a população, ao passo que o segundo descreveu o processo de desenvolvimento do projecto que originou o livro: um seminário de doutoramento.
Para Jorge Botelho Moniz (na fotografia, o segundo a contar da direita), "o humor gráfico em Portugal surge não como uma opinião crítica construtiva e inteligente, mas como reacção violenta, até mesmo raivosa. É o grito do povo e não a opinião reflectida de um indivíduo. Nesta violência gráfica, o único objectivo era o ataque, unir os leitores contra o poder e identificar pela caricatura, pelo exagero, os responsáveis pelo estado do país" (p. 134). Jorge Botelho Moniz é bisneto de um outro Jorge Botelho Moniz, um dos fundadores do Rádio Clube Português, a principal estação de rádio comercial em Portugal antes de 1975.
O livro deste jovem licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais, mestre em Direito e a fazer o doutoramento em Ciência Política trabalha a iconografia do período de ascensão do republicanismo em Portugal (1875-1908). Jornalismo, comemorações do tricentenário de Camões, anticlericalismo, bancarrota, ultimato, 31 de Janeiro de 1890, sistema eleitoral, adiantamentos à Coroa, João Franco e regicídio são os tópicos principais do livro. Nele, há recurso a muitas reproduções de peças gráficas humorísticas e caricaturas, retiradas nomeadamente das publicações A Corja, O António Maria, Ilustração Portuguesa e O Combate (as imagens abaixo pertencem às duas primeiras publicações).
A apresentação do livro coube a Manuel Filipe Canaveira e Júlio Rodrigues da Silva. O primeiro salientou a importância da caricatura e do desenho gráfico como forma forte de comunicação visual com a população, ao passo que o segundo descreveu o processo de desenvolvimento do projecto que originou o livro: um seminário de doutoramento.
Para Jorge Botelho Moniz (na fotografia, o segundo a contar da direita), "o humor gráfico em Portugal surge não como uma opinião crítica construtiva e inteligente, mas como reacção violenta, até mesmo raivosa. É o grito do povo e não a opinião reflectida de um indivíduo. Nesta violência gráfica, o único objectivo era o ataque, unir os leitores contra o poder e identificar pela caricatura, pelo exagero, os responsáveis pelo estado do país" (p. 134). Jorge Botelho Moniz é bisneto de um outro Jorge Botelho Moniz, um dos fundadores do Rádio Clube Português, a principal estação de rádio comercial em Portugal antes de 1975.
Imagens retiradas respectivamente de A Corja (29 de Junho de 1898) e O António Maria (5 de Março de 1891), do arquivo digital da Hemeroteca Municipal de Lisboa.
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