segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Música no Coração

Charmian Anne Farnon, mais conhecida como Charmian Carr, a atriz que representou o papel de filha mais velha e rebelde dos von Trapp no filme Música no Coração morreu anteontem em Los Angeles aos 73 anos. Charmion Farnon sofria de uma forma rara de demência.

Adolescente na altura da exibição do filme, em 1965 ou 1966, eu pedi uma fotografia dela à produtora do filme. Então, Charmion Farnon tinha 22 anos. Lembro-me de ter visto o filme no cinema Coliseu (Porto). A ilusão da imagem cinematográfica, a alegria de uma família que contratara uma preceptora e os concertos vocais dados esmagavam qualquer compreensão sobre aqueles indivíduos estranhos que se moviam à noite em carros negros e vistosos. O nazismo ainda não era entendido pelo espectador e tudo não passaria de um pequeno jogo entre bons e maus, com aqueles a triunfarem mesmo fugindo a pé por montanhas geladas. A análise política não existia simplesmente.

Leio na wikipédia que Música no Coração, em termos comerciais, se tornou à época, o mais rentável, substituindo E Tudo o Vento Levou. Foi selecionado em 1998 pelo American Film Institute (AFI) como o 55º melhor filme norte-americano de todos os tempos e o quinto melhor filme musical da história.

1 comentário:

Rui Luís Lima disse...

"Música no Coração" foi a película que mais vezes vi no grande écran, (nessa época era criança e havia poucos filmes para o mais pequenos) e recordo-me que a descobri no cinema Tivoli em Lisboa, onde esteve em exibição mais de um ano e na minha inocência de criança esperei por uma continuação para acompanhar a vida dos Von Trapp:)
Quando a película fez 50 anos o elenco do filme, surgiu no pequeno écran no programa de Opra Winfrey e Charmian Anne Farnon, ali estava, mas a imagem que todos guardamos dela será sempre a do filme, porque o cinema possui esse belo milagre de manter vivos as actrizes e os actores que encontramos na tela.
Boa Tarde