Foi ontem que António Carmo inaugurou a exposição Viagem, 50 Anos de Pintura, na Biblioteca Nacional de Portugal. Natural de Lisboa (1949), estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde tirou pintura, e fez parte do grupo de bailado Verde Gaio. Desde 1968 que apresenta os seus trabalhos em exposições individuais e coletivas. Das exposições em que participou, para além de Portugal, apresentou quadros em Inglaterra, Espanha, Holanda, Alemanha, União Soviética (atual Rússia), Japão, Estados Unidos, Canadá e Brasil, entre outros países. Ele começou pelo desenho e depois passou para o guache e o óleo, admirador de pintores como Léger, Chagall, Mondrian, Pablo Picasso, Amadeu Sousa Cardoso e Eduardo Viana. Fez desenho de intervenção, ilustrou livros e o suplemento cultural do jornal O Diário. Em 1970, uma exposição sua, apadrinhada por João Hogan e Jorge Barradas, teve um grande sucesso na época mas sofreu a "visita" da polícia política do regime.
Cores vivas, quase primárias, que privilegiam o espaço da tela, são um dos elementos que atraem quando se olha a sua obra. Num comentário à exposição, escrito por Manuel da Silva Ramos, critica-se a rara existência de críticos de pintura, a pouca divulgação das exposições nos media (jornais) e a raridade de galerias em atividade. Por isso, aconselha-se uma visita até à Biblioteca Nacional, ao Campo Grande (Lisboa).
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