Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
O fim das rádios livres (dezembro de 1988)
As rádios piratas ou livres fecharam a emissão na noite de 23 de dezembro de 1988. Uma comissão nomeada pelo governo iria estudar condições económicas e técnicas para atribuir as cerca de 400 alvarás de emissão e precisava de silêncio no éter. Uma condição de preferência era um projeto de estação incluir profissionais da comunicação social.
Nesse mesmo dia, o Jornal de Notícias (Porto) editava uma página completa ao tema. O sugestivo título era Rádios locais. Agora é o som do dinheiro. Da página, retive dois textos assinados por dois radialistas piratas, que tinham estado na Rádio Caos (e ainda na Rádio Delírio), as duas estações mais ousadas ou dessintonizadas do Porto.
No dia seguinte, o jornal voltaria a dar destaque ao tema, com entrevista ao ministro António Couto dos Santos, que esperava que a comissão governamental concluísse o seu trabalho em dois meses. Uma nota do governo, colocada em destaque nessa página, concluía que era forçoso acabar com a anarquia das ondas radioelétricas.
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