A ênfase, no relatório, é dada à Casa do Pessoal, responsável pela biblioteca (mais de cinco mil volumes), bilhares, ténis de mesa e de campo, e festas de Carnaval, santos populares e passagem de ano no então recente edifício do Dundo. Quanto a programas de rádio, havia música gravada (clássica, de concerto e de dança), peças de teatro radiofónico e palestras, incluindo as comemorações de datas históricas portuguesas. A discoteca tinha mais de 2500 discos (certamente de 78 rotações por minuto) e a estação emitia em 7070 kHz (ondas curtas).
Sobre a Rádio Diamang, retiro a informação de http://angolaradio.webs.com/, de Diamantino Pereira Monteiro: "A Rádio Diamang arrancou em 1946, com um emissor de 400W. Propriedade da Companhia de Diamantes de Angola - Diamang - a emissora nasceu para servir a significativa colónia de funcionários da empresa, um potentado económico que detinha o exclusivo da exploração e venda de diamantes em toda a região das Lundas. Por esse motivo, e porque funcionava em regime quase fechado, a Rádio Diamang não se enquadrava de todo no panorama da radiodifusão angolana, bipolarizada entre a rádio estatal e os rádio clubes".
No relatório da Diamang, não há indicação de locutores ou editores, mas o cartão QSL da estação indica a chamada: "Aqui Dundo, Estação Emissora da Companhia de Diamantes de Angola" (cartão inserido na página de Diamantino Pereira Monteiro). E menciona os nomes dos diretor-geral e técnico. A rádio era um dos entretenimentos do pessoal de raça branca a trabalhar ali (o cartão QSL alarga a música para a nativa, mas isso seria uma "conquista" recente, de finais da década de 1960).
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