Houve uma época de ouro na rádio portuguesa. Na minha perspetiva, ela ocorreu quando a rádio mandava na RTP. Numa das páginas do relatório da empresa de televisão em 1961, é feito um rasgado enaltecer da figura de Jorge Botelho Moniz, desaparecido em 29 de julho de 1961. O texto confirma a posição do presidente da direção de Rádio Clube Português como membro do conselho de administração da RTP. Manuel Lopes da Cruz, fundador e diretor de Rádio Renascença, era outro administrador da televisão. No conselho fiscal, dois dos membros eram da rádio: António Rosado (Rádio Clube de Moçambique) e António Rodrigues (Emissores do Norte Reunidos) (
Diário do Governo, III Série, 25 de maio de 1962). Em 1960, o presidente da Assembleia Geral era José Aires Santa Clara Gomes (Posto Emissor da Radiodifusão do Funchal).
Na fundação da RTP, o Estado entrara com 20 milhões de escudos, ao passo que diversos bancos tinham posto na nova empresa 2,15 milhões de escudos cada um. As estações colocaram igualmente verbas avultadas, casos de Rádio Clube Português, com 9,26 milhões de escudos, e Rádio Renascença, com 4,63 milhões de escudos (
Diário do Governo, III Série, 31 de dezembro de 1955).
O obituário não crítico de Botelho Moniz apareceu no Diário de Lisboa (30 de julho de 1961).
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