terça-feira, 15 de maio de 2007

ENDEMOL VENDIDA A BERLUSCONI


A Telefónica, empresa líder de telecomunicações no mercado espanhol, vendeu a sua participação na Endemol a um consórcio detido pela Mediacinco, empresa participada de Silvio Berlusconi, um fundo participado por John de Mol, o fundador da Endemol, e outras empresas.
O valor da venda terá atingido € 2,6 mil milhões. A produtora é responsável por programas como Big Brother e outros reality shows ou Dança Comigo. As acções da Endemol valorizariam 0,85% depois da oferta, alcançando mais valias de € 1,4 milhões para a Telefónica.
A venda da Endemol ocorre num momento em que a tecnologia (largura de banda nos telefones fixos e móveis) serve os conteúdos. É também o momento final de um modelo de actividade ensaiado nos final da década passada - as telecomunicações comprarem empresas que garantissem a cadeia de valor entre telecomunicações e indústrias de conteúdos. A Telefónica em Espanha e a Portugal Telecom em Portugal foram empresas que apostaram nos conteúdos, com a congénere nacional a enveredar nomeadamente pelo negócio das salas de cinema e pelos jornais (este já abandonado).
Sobre este assunto, os jornais de hoje apresentam perspectivas distintas. Para o Diário de Notícias, a compra da Endemol por Berlusconi significa que este fica menos dependente das produtoras italianas de conteúdos. Já o Público entende que as mais valias geradas pelo negócio permitirão à Telefónica ter dinheiro fresco para reforçar a posição na Vivo, empresa de telefones celulares que aquela detém com a Portugal Telecom.

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