Saiu, no número mais recente do Observatório, um artigo de Eduardo Cintra Torres sobre o tema Bandeira e multidão, dois símbolos nacionais. Cintra Torres é crítico de televisão no jornal Público e docente na Universidade Católica Portuguesa, estando a preparar o doutoramento no Instituto de Ciências Sociais.
No abstract, lê-se:
- A bandeira nacional e a multidão nacional funcionam como símbolos irmãos quando se desenvolve a fase final dos nacionalismos no século XIX e princípio do século XX, prosseguindo até à actualidade. Este ensaio pretende encontrar a coincidência da representação iconográfica dos dois símbolos num conjunto significativo de obras, em especial da pintura ocidental. De forma abstracta a primeira e de forma concreta a segunda, bandeira e multidão são representações de substituição da comunidade nacional. Partindo de Delacroix até ao presente, este artigo acompanha as subtilezas da representação conjunta dos dois símbolos. No final, este percurso permitirá confirmar as observações de Durkheim sobre a relação do totem e do emblema com os «princípios» que representam e interrogar se a consideração da efemeridade da multidão não deverá ser reequilibrada face à perenidade das suas representações.
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