Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
MYSPACE EM QUEDA
No Público de hoje, Vítor Belanciano escreve sobre a ascensão e queda da rede social MySpace. Nasceu em 2004, pelas mãos de Chris DeWolfe e Tom Anderson, com a capacidade de os músicos colocarem directamente os seus temas num perfil em vez de usarem o sistema de distribuição tradicional e de toda a cadeia de valor até então em uso: formar uma banda, conseguir um contrato, editar um disco e passá-lo na rádio e na televisão, com concertos incluídos. Apareceram fenómenos como Arctic Monkeys e Lily Allen, surgidos do nada. Até 2008, 180 milhões de pessoas adoptaram a rede. Uma alteração dera-se, entretanto: em 2005, Rupert Murdoch comprara o MySpace por 580 milhões de dólares. Com o aparecimento do Facebook, a rede MySpace quis competir, alargando o nicho inicial da música a elaboração de perfis, troca de fotografias, músicas e textos. A estratégia de seguimento revelou-se um desastre, com novo desenho gráfico (275 milhões de dólares de custo), além de que apareceram sítios mais atraentes como Last.fm ou Spotify e o próprio Facebook. O MySpace perdeu 130 milhões de utilizadores, passou da segunda plataforma mais visitada, depois da Google, para o actual 58º lugar. Murdoch acumulou dívidas e despediu e encerrou escritórios já este ano, como aqui escrevi. Agora o patrão do grupo Media News Corp procura compradores para o sítio musical.
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