Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
DEZ ANOS DE IPOD
Roland Barthes considerava as catedrais como a forma icónica da sociedade da Idade Média. Na década de 1950, os automóveis ocupavam esse lugar; agora, é o iPod. O texto de José Fialho Gouveia no Sol é sobre os dez anos do aparelho da Apple. Jonathan Rubinstein, do departamento de hardware da Apple, contratara o engenheiro Tony Fadell, encarregando-o de desenhar um leitor de mp3, em que o centro seria a roda táctil que permite aceder a um ficheiro em três cliques. Para trás, ficava uma longa história de invenções: em 1977, o matemático alemão Karlheinz Brandenburg estudava a compressão da música em pequenos ficheiros; em 1991, Brandenburg e Dieter Seitzer construiram o algoritmo que tornava possível o mp1; em 1994, chegava-se ao mp2 e, em 1996, ao mp3. O primeiro leitor portátil tinha capacidade de 32 Mb, o MPMan F10 da empresa sul-coreana SaeHan, chegado ao mercado em 1998. O iPod da Apple, de 5 Gb de memória, era lançado em Outubro de 2001. Depois, toda a indústria musical alterou-se. O iTunes é responsável pela maior parte das vendas digitais, mas as cópias ilegais entram em colisão com os direitos autorais e direitos conexos de cem anos, a precisar de adaptação. A indústria foi obrigada a adaptar-se ao mundo digital, apesar da qualidade do som ter reduzido.
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