"Os jantares de Natal e Ano Novo de família, da faculdade, do escritório, dos amigos, dos vizinhos, da turma do britânico, de bloggers (why not?), do clube de costura ou até aqueles a que vamos arrastados e nem sequer fomos convidados...são sempre uma óptima oportunidade para exibirmos as nossas últimas aquisições mais fashion forward da estação ou até comprar mais algumas para enriquecer as opções do nosso guarda-roupa. Esta quadra festiva as palavras de ordem são: barroco, cabedal, metalizados, burgundy, matching prints, western, looks monocromáticos, casacos oversized, ankle boots e sapatos masculinos" (http://www.fashionaporterbypepa.com/).
Este é o último post (27 de Dezembro último) colocado no seu blogue pela blogueira mais famosa do país desta semana, Pépa Xavier. Editora, designer, relações públicas e jornalista, como aparece identificada na sua página do Facebook, ela participou num vídeo de promoção da Samsung. Aí, na sua pronúncia de menina da linha de Cascais, disse ambicionar para 2013 uma mala grande da Chanel. Isto provocou uma crítica cerrada nas redes sociais (leia-se Facebook). Formaram-se comunidades contra e a favor. Deste lado, registo a "Página de apoio a Pépa Xavier. A rapariga quer este ano uma mala , e depois? Qual é o mal disso? Aposto que há muita gente dava tudo para ter um I-PHONE ou algo mais dispendioso, e não podem. Mas se ela pode, porquê tanta polémica"?
Lúcido como sempre, registo o texto de Miguel Gaspar no Público: "A Samsung ficou incomodada com o efeito negativo da sua campanha, que foi vítima do preconceito social contra as "queques" e as "pseudoqueques" que falam "à tia". Esse preconceito é profundamente moralista e autoritário: é crime sonhar com uma mala Chanel em tempos de crise. Mesmo que continue a haver pessoas que sonham com malas Chanel ou outra futilidade qualquer, é preciso pôr a máscara e dizer que se tem piedade dos pobrezinhos ou se é contra o capitalismo. Por isso, a única coisa censurável que a Samsung fez foi retirar a sua campanha e ceder a uma pressão pública que num certo sentido é uma forma de censura". No mesmo texto, Gaspar faz alusão ao cão de nome Zico que matou uma criança e mais de trinta mil pessoas pretendem salvar a vida do cão.
Estamos tramados, parece. Após o Rúben ter levado a melhor sobre a Mara na Casa dos Segredos, do governo insistir que há necessidade de um corte de quatro mil milhões de euros nas despesas do Estado sem explicar bem, no dia em que Mário Soares deu entrada no hospital da Luz e quase trezentos comentários já chegaram à caixa electrónica do Público sobre essa informação porque ele devia ir para um hospital público, dizem, só nos faltava uma mala Chanel e um cão assassino.
Frivolidades ou estado de espírito colectivo?
Este é o último post (27 de Dezembro último) colocado no seu blogue pela blogueira mais famosa do país desta semana, Pépa Xavier. Editora, designer, relações públicas e jornalista, como aparece identificada na sua página do Facebook, ela participou num vídeo de promoção da Samsung. Aí, na sua pronúncia de menina da linha de Cascais, disse ambicionar para 2013 uma mala grande da Chanel. Isto provocou uma crítica cerrada nas redes sociais (leia-se Facebook). Formaram-se comunidades contra e a favor. Deste lado, registo a "Página de apoio a Pépa Xavier. A rapariga quer este ano uma mala , e depois? Qual é o mal disso? Aposto que há muita gente dava tudo para ter um I-PHONE ou algo mais dispendioso, e não podem. Mas se ela pode, porquê tanta polémica"?
Lúcido como sempre, registo o texto de Miguel Gaspar no Público: "A Samsung ficou incomodada com o efeito negativo da sua campanha, que foi vítima do preconceito social contra as "queques" e as "pseudoqueques" que falam "à tia". Esse preconceito é profundamente moralista e autoritário: é crime sonhar com uma mala Chanel em tempos de crise. Mesmo que continue a haver pessoas que sonham com malas Chanel ou outra futilidade qualquer, é preciso pôr a máscara e dizer que se tem piedade dos pobrezinhos ou se é contra o capitalismo. Por isso, a única coisa censurável que a Samsung fez foi retirar a sua campanha e ceder a uma pressão pública que num certo sentido é uma forma de censura". No mesmo texto, Gaspar faz alusão ao cão de nome Zico que matou uma criança e mais de trinta mil pessoas pretendem salvar a vida do cão.
Estamos tramados, parece. Após o Rúben ter levado a melhor sobre a Mara na Casa dos Segredos, do governo insistir que há necessidade de um corte de quatro mil milhões de euros nas despesas do Estado sem explicar bem, no dia em que Mário Soares deu entrada no hospital da Luz e quase trezentos comentários já chegaram à caixa electrónica do Público sobre essa informação porque ele devia ir para um hospital público, dizem, só nos faltava uma mala Chanel e um cão assassino.
Frivolidades ou estado de espírito colectivo?