quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Rádio Clube Lusitânia

O Congresso Internacional Censura ao Cinema e ao Teatro começou ontem e decorre até amanhã na Universidade Nova de Lisboa. É o "culminar [de] dois anos de trabalho onde o foco da investigação incidiu sobre a censura e mecanismos de controlo da informação ao cinema e ao teatro antes, durante e após o Estado Novo português", realizado por uma equipa do CIMJ (Centro de Investigação Media e Jornalismo) e financiado pela FCT. O congresso, na perspectiva dos organizadores, "pretende ser um espaço aberto de debate e abranger o estudo da censura sobre diversos e amplos aspectos, privilegiando abordagens interdisciplinares e actuais que se integrem nas principais questões científicas internacionais, na discussão teórica e em metodologias de trabalho inovadoras com resultados relevantes".

Numa das mesas da manhã de hoje, discutiram-se os arquivos (da censura) na óptica do arquivista (Paulo Tremoceiro, da Torre do Tombo) e Tiago Rodrigues (que montou uma peça a partir de registos de censura a peças de teatro) [imagem abaixo, estando ao centro Joaquim Paulo Nogueira].

censura

À tarde, eu falei sobre uma estação de rádio do Porto, Rádio Clube Lusitânia (1938-1945), encerrada pelo regime do Estado Novo, e do seu proprietário Júlio Augusto Nogueira (1905-1968). Abaixo um texto da Vida Mundial Ilustrada (9 de Novembro de 1944, em texto assinado por Fernando Curado Ribeiro), que seria usado como uma das provas para encerrar a estação, dada a orientação do proprietário da rádio a favor do estabelecimento da democracia em Portugal, já no final da II Guerra Mundial.

RCL