António de Almeida Coutinho e Lemos e Carolina Rosa Ribeiro de Faria, barões do Seixo, aparecem nestas pinturas de Auguste Roquemont (executadas à volta de 1845-1851). De cada vez que vou ao museu Soares dos Reis (Porto), fico minutos a ver estas obras e a da família Pacheco Pereira (executada à volta de 1835-1840), que estão juntos na primeira sala de pintura do museu. Todas estas obras pertencem aquele pintor nascido em Genebra mas fixado no Porto. E penso: como seria a voz do barão? E da baronesa?
O fonógrafo de Edison ainda não tinha sido inventado. O rosto e o perfil dos retratados ficou para a eternidade (até ao fim da durabilidade da tela), mas perdeu-se inexoravelmente a voz. A gravação dos sons e a sua transmissão constituíram dos maiores avanços tecnológicos de finais do século XIX, princípios do século XX.
Sem comentários:
Enviar um comentário