Li há pouco tempo que o festival de Vilar de Mouros teve este ano pouca assistência. Trago aqui o que aconteceu em 1971, segundo a revista Rádio & Televisão (14 de Agosto de 1971). Para escrever o seu claro texto, Emílio Filipe ouviu longamente o organizador do festival, António Augusto Barge. Para este, dezenas de milhar de jovens tinham acampado nas margens do rio Coura para assistir ao primeiro festival internacional de música pop, 90% dos quais provenientes do sul do país. Muitos usavam cabelos compridos, ficaram entusiasmados com a paisagem e passaram alguma fome, por avaria na padaria de apoio ao festival.
O concerto não era bem um corte com os velhos costumes e a velha música, a plasmar a radicalidade de Woodstock, pois incluiu no programa Amália Rodrigues e Duo Ouro Negro. Além de uma curiosa componente de música clássica, com Joly Braga Santos e António Vitorino de Almeida e um coral polifónico de Viana do Castelo com 270 elementos e a Banda da Guarda Nacional Republicana. A verdadeira atracção seria o britânico Elton John. Claro que os boatos fervilhavam: ele estaria bêbado durante a sua apresentação e no recinto havia casos de cólera, o que talvez afastasse do local alguns espectadores. Mas Elton John fora pontual, o que não aconteceria com algumas bandas portuguesas.
António Augusto Barge queixou-se ao jornalista da falta de apoio governamental e da ausência dos jornais locais e da RTP. A televisão ainda o entrevistara antes, onde ele pode anunciar o programa, mas não apareceu em Vilar de Mouros. O regime político de então não gostava de encontros deste tipo e dos costumes fora da ordem que os festivais representavam.
Além do texto, sublinho as fotografias cedidas pelo Diário Popular. Basta ver a fotografia que mostra Elton John.
O concerto não era bem um corte com os velhos costumes e a velha música, a plasmar a radicalidade de Woodstock, pois incluiu no programa Amália Rodrigues e Duo Ouro Negro. Além de uma curiosa componente de música clássica, com Joly Braga Santos e António Vitorino de Almeida e um coral polifónico de Viana do Castelo com 270 elementos e a Banda da Guarda Nacional Republicana. A verdadeira atracção seria o britânico Elton John. Claro que os boatos fervilhavam: ele estaria bêbado durante a sua apresentação e no recinto havia casos de cólera, o que talvez afastasse do local alguns espectadores. Mas Elton John fora pontual, o que não aconteceria com algumas bandas portuguesas.
António Augusto Barge queixou-se ao jornalista da falta de apoio governamental e da ausência dos jornais locais e da RTP. A televisão ainda o entrevistara antes, onde ele pode anunciar o programa, mas não apareceu em Vilar de Mouros. O regime político de então não gostava de encontros deste tipo e dos costumes fora da ordem que os festivais representavam.
Além do texto, sublinho as fotografias cedidas pelo Diário Popular. Basta ver a fotografia que mostra Elton John.
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