![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifDlg2paRJpyXjgnfwku_eznpdg1BbyPARZ7BEARRu7Yi7caedUAKrLBay3_P9355a5mXK9xzV18JVnX7vb7icML1CZn0dGmabhQzUmEQx73g9s2GhwJ9Klt7pL23yCkqkK5eYMg/s640/Omar+1.jpg)
Aqui, recordo a sua vinda a Portugal em 1969, a primeira vez que tirava férias em vários anos e em que aproveitou para jogar bridge, a sua paixão pelas cartas (Diário Popular, 18 de abril de 1969). No mesmo jornal, no dia seguinte, outro texto faz-se acompanhar de uma fotografia em que se vê ele a jogar, absorto do que se passava à sua volta. Ele perdeu mas sentiu-se feliz. E avisava que não queria ser importunado antes das treze horas de cada dia.
Nessa época, a vinda de estrelas a Portugal (a rodagem de uma parte de um filme em que O Santo se casa foi também muito badalada em notícias) era uma janela para o mundo além da rotina do regime político. Marcelo Caetano fez uma viagem pelas principais colónias mantidas por Portugal em África. Na chegada a Bissau, a legenda da fotografia indicava que ele "acena para a multidão". As únicas pessoas que se veem é a sua própria comitiva (Diário Popular, 14 de abril de 1969). Logo depois, em Moçambique, ele disse: "Deve ser cada vez mais larga e importante a participação dos povos no governo local" (Diário Popular, 18 de abril de 1969). Por essa altura, anunciava-se que um importante chefe do norte de Moçambique tinha abandonado a Frelimo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8RhTMLnzb6PVNZIZC-RUTJeauXRpCtotPbyHnvqu5mjDlvRS9mEdfegGYAOpk8SbMJGEKAJ5oHt636fuZU8ZEiGo8rqE-_gg3NsFQvXTYQx1j9rV2J8oD23jiUZrpK8CNIhVEXw/s320/Omar+2.jpg)
As eleições de 1969 aproximavam-se e Caetano ia revelando as suas ideias: "Não tenciono fazer uma revolução - as alterações virão a seu tempo" (declarações ao New York Times, Diário Popular, 19 de maio de 1969), "O Chefe do Giverno quer andar depressa mas não iludir ou mentir aos seus concidadãos" (dito no Porto, Diário Popular, 21 de maio de 1969), "As revoluções mais fáceis e baratas são as revoluções verbais: deixam-se ficar as coisas e mudam-se-lhe os nomes" (dito ainda no Porto, Diário Popular, 22 de maio de 1969).
Sem comentários:
Enviar um comentário