segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Emissora Nacional

Do blogue Largo dos Correios (de António Martinó Coutinho) retiro o início de uma mensagem (e imagens) sobre a rádio pública: "A Emissora Nacional de Radiodifusão, a que chamávamos mais simplesmente Emissora Nacional, iniciou as suas experiências técnicas em Maio de 1934. Após esse período de adaptação, o serviço público foi oficialmente inaugurado no dia 4 de Agosto de 1935, cumprindo-se portanto hoje 80 precisos anos sobre a data. Então, o presidente da República do tempo, general António Óscar de Fragoso Carmona, visitou as instalações, cujo director era o capitão Henrique Galvão, um homem do regime que mais tarde se insubordinaria contra o Estado Novo".

E mais adiante: "As primeiras lembranças regulares da experiência radiofónica pessoal estão ligadas à II Guerra Mundial. Foi uma iniciativa quotidiana do meu avô José Cândido e, mais do que sintonizado na Emissora Nacional, era nos programas em língua portuguesa da BBC, pela voz inconfundível de Fernando Pessa, que eu ouvia embevecido as proezas dos aliados na sua luta sem tréguas contra os nazis. A voz de Londres falava e o mundo, incluindo-me, acreditava… A Emissora também era ouvida, e muito, tanto nos seus noticiários como nos programas de variedades e até nos folhetins radiofónicos. Lembro-me bem do longo conto Iratan e Iracema, de Olavo d’Eça Leal, de que tenho guardado o texto dos episódios, publicado no semanário Rádio Nacional. E podia lá esquecer-me dos diálogos, únicos e irrepetíveis, do Zèquinha e da Lelé, escritos por Aníbal Nazaré e Nelson de Barros (inspirados autores de revista) e interpretados por Vasco Santana e Irene Velez" [abaixo, reprodução do texto publicado no Expresso, 5 de agosto de 1955, que também retirei do blogue de António Martinó Coutinho].











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