Na conversa sobre pintura com Rui Sanches, a propósito da exposição Suite Alentejana, hoje às 17:00, João Pinharanda e João Queiroz falaram sobre as obras expostas na Fundação Portuguesa das Comunicações. No vídeo abaixo, incluo a primeira parte da intervenção de João Pinharanda, que falou nomeadamente da estranheza da obra exposta e da relação com o desenho e a escultura. O crítico de arte e autor do catálogo sobre a exposição destacou bastante a importância do espaço nas obras expostas. Nas paisagens presentes não existe uma linha de horizonte, mas signos, como bandeiras ou pontos, em que o vertical assume particular relevo. Por seu lado, João Queiroz, evidenciou a negociação entre formas ou entes coloridos (linhas, pontos, cores). Na sua linguagem mais filosófica (que juntou à de historiador em Pinharanda), ele vê conjuntos de elementos muito diferenciados que lutam nas obras mas conseguem um acordo entre si.
O título da exposição deve-se à admiração que o escultor/pintor tem pela obra de Luís de Freitas Branco, em especial a 1ª Suite Alentejana. No conjunto de interações com a vasta audiência, foi salientado o facto de Rui Sanches não se sentir pressionado pelo mercado, dando lugar à experimentação permanente e à liberdade de não passar a vida a reproduzir as suas formas e conteúdos em obras sucessivas.
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