sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Rosalía de Castro no museu Barata-Feyo


Diz o texto do museu Barata Feyo (1899-1990): "inaugurado em 2004 e projetado por um dos seus filhos, Arquitecto António Barata Feyo, acolhe um importante acervo de obras deste escultor da escola do Porto. Escultor, ensaísta e pedagogo, foi como estatuário que mais se notabilizou. Podemos admirar os aspetos mais significativos da sua obra, de onde se destacam três grupos temáticos principais: o retrato, a escultura oficial e escultura religiosa".

Salvador Barata Feyo nasceu em Angola, frequentou a Escola de Belas-Artes de Lisboa em 1923 (cursos de Pintura e Arquitetura), antes de se dedicar à Escultura, que conclui em 1929. Em 1933, obteve uma bolsa do Instituto de Alta Cultura e partiu para Itália. Participou na Exposição do Mundo Português em 1940 (estátua de D. João I) e, em 1949, começou a lecionar na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Recebeu diversos prémios: Escultura Mestre Manuel Pereira (1945 e 1951), Escultura da Fundação Calouste Gulbenkian (1957), primeiro lugar no concurso para o monumento ao Infante D. Henrique (Sagres, 1958). Entre 1950 e 1960, acumulou a atividade artística e docente com a direção do Museu Nacional de Soares dos Reis e assumiu o cargo de Conservador Adjunto dos Museus e Palácios Nacionais (a partir de texto de Joana Baião para o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado).

Das suas obras expostas no museu das Caldas da Rainha, gosto muito dos trabalhos em gesso depois fixados em materiais mais fortes: Rosalía de Castro (1954, para a Praça da Galiza, no Porto) e Rainha D. Maria II (Famalicão). Durante muitos anos, eu admirei a escultura colocada no Porto. Ela estava em frente a uma vedação de sebe de arbustos, hoje, está libertada desse quase muro.

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