terça-feira, 11 de abril de 2017

Peles pintadas

(fotografias retiradas das páginas do MUDE e do Observador)

Retiro da informação da exposição patente na rua de O Século, 79, do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (até 25 de junho de 2017), O mais Profundo é a Pele. Coleção de Tatuagens 1910-40: "analisando-a na perspetiva científica/médico-legal, filosófica e artística. No total, estão expostos 61 frascos com fragmentos de pele humana obtidos de corpos autopsiados e uma abundante documentação com o retrato sociocultural de cada indivíduo tatuado, os desenhos e sua localização anatómica, o lugar, a data e os motivos da tatuagem. Os visitantes ficam a conhecer uma coleção de particular valor museológico e científico, ao mesmo tempo que podem sentir a vivência dos bairros típicos de Lisboa durante as primeiras décadas do século XX, em que a tatuagem se misturava com a marginalidade, a prostituição, o fado, a marinhagem".

A exposição permite reconstituir, num dado momento, a histórias dos homens tatuados da Lisboa das décadas em exibição, com circuitos pessoais de violência e prisão (Limoeiro), local de onde saiam com novas tatuagens. Estas podiam refletir um estado de alma mas principalmente um tipo de troféu simbólico de poder sobre os outros homens. Os pedaços de peles guardadas mostram desenhos figurativos, quase sempre ingénuos, mulheres, nuas com frequência, elementos religiosos e até uma representação do símbolo do Benfica.


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