Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
terça-feira, 2 de maio de 2017
O concerto de 10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte
10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte foi um álbum conceptual escrito por José Cid em 1978 e editado pela Orfeu, de Arnaldo Trindade, com sintetizadores, guitarras, baixo e bateria. Ontem, na Aula Magna, ainda com o apoio vocal de duas sobrinhas-netas do cantor e compositor, foi feita a sua revisitação.
Na altura da edição, o poderio da União Soviética poderia conduzir a uma terceira guerra mundial, disse Cid, o que o levou ao disco baseado em ficção científica da autodestruição da humanidade e, ao mesmo tempo, na esperança da renovação. Dez mil anos depois, um homem e uma mulher regressavam à Terra para a repovoar novamente. Num ou outro momento, vi a influência dos Pink Floyd. Em 1978, o álbum teve o apoio de músicos como o guitarrista Mike Sergeant e o bateria Ramon Galarza. O disco tem sete faixas: O Último Dia na Terra (José Cid), O Caos (Manuel Lamas/Mike Sergeant), Fuga para o Espaço (José Cid), Mellotron, o Planeta Fantástico (José Cid), 10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte (José Cid/Zé Nabo), A Partir do Zero (Ramon Galarza/José Cid) e Memos (José Cid). Na altura da edição, o disco de vinil vendeu 700 a 800 exemplares, o que quase provocou a desistência do músico. Depois, a edição americana em 1994, pela editora Art Sublime, trouxe um grande sucesso a nível mundial.
Do concerto de ontem, José Cid e companheiros tocaram ainda parte três faixas do próximo disco Vozes do Além ("estou a ficar velhote e a pensar na reencarnação", disse), e os registos Onde, Quando, Como e Porquê e Vida (álbum Sons do Quotidiano), muito dedicados a David Ferreira e Mário Martins, ligados à editora Valentim de Carvalho.
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