Estudar o período antes e depois do golpe de Estado em 25 de abril de 1974 e da revolução que lhe sucedeu acarreta um risco de interpretação, por se estudarem dois tempos com agentes culturais e políticos antagónicos, o primeiro cheio de rotina, formalidades e defesa de um estilo, o segundo com experimentação, ruturas e conflitualidade interna, a refletir a realidade externa.
A investigação partiu da análise qualitativa do conteúdo de atas de reuniões do conselho de planeamento de programas e da direção da estação. Para o livro, segui outra documentação escrita, caso da imprensa diária e semanal (Diário Popular, Jornal de Notícias, Flama, Diário do Governo) e imprensa especializada no campo da rádio e das indústrias culturais (Rádio & Televisão, Plateia) entre 1968 e 1975. A investigação seguiu ainda a audição de programas gravados (arquivo sonoro da RTP), entrevistas a dezenas de profissionais da rádio (e indústrias criativas) e entrevistas conduzidas por Luís Garlito no programa radiofónico A Minha Amiga Rádio (Antena 1) e João Paulo Diniz no programa televisivo No Ar, História da Rádio Em Portugal.
(Fotografia de autor anónimo)
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