O MUDE (Museu do Design e da Moda) foi o espaço para apresentação do livro mais recente de Isabel Capeloa Gil, Literacia visual. Estudos sobre a inquietude das imagens. A apresentação coube a António Pinto Ribeiro, ensaista, curador e professor [na fotografia, da esquerda para a direita, Pedro Bernardo (Edições 70), a autora, Bárbara Coutinho (directora do MUDE) e António Pinto Ribeiro, apresentador do livro].
Na capa do livro lê-se: "A construção visual do social e da cultura constituiu-se como marca do novo paradigma do século XXI. Esta visualidade complexa requer uma nova literacia, que possibilite um entendimento competente dos dispositivos de olhar que permeiam as sociedades, das estratégias de poder que constituem os campos de visibilidade e invisibilidade e a decifração dos poderes oblíquos que se refractam através dos suportes tecnológicos da imagem, da fotografia e cinema aos vídeo jogos e às novas plataformas de interacção virtual".
O livro tem duas partes, a primeira intitulada Dispositivos do Olhar e a segunda Visualidade e Violência. Na apresentação do seu próprio livro, a autora escreve que o livro "resulta de uma paixão e de uma perplexidade. De uma paixão pelas imagens e pelo seu mistério, e da perplexidade pela infinita incompletude que resulta da compulsão de lhes dar sentido". Isabel Capeloa Gil, directora da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, convoca autores tão distintos como Edgar Allan Poe, Baudelaire, Walter Benjamin, Ludwig Wittgenstein, Robert Musil, Spike Lee, J. M. Coetzee, Ernst Jünger, Martha Rosler, Barbie Zelizer e Slavoj Žižek.
Recentemente, a autora publicou em coordenação com Manuel Cândido Pimentel o livro Simone de Beauvoir. Olhares Sobre a Mulher e o Feminino (2010) e em coordenação com Adriana Martins o livro A Cultura Portuguesa no Divã (2011). O primeiro resulta de uma conferência promovida pelo CEFi (Centro de Estudos de Filosofia) e pelo CECC (Centro de Estudos de Comunicação e Cultura), em Novembro de 2008, sobre Simone de Beauvoir e que serviu para conhecer o seu pensamento e acção criadora, capaz de propor novos mundos e de combater pelas suas ideias, pela rebeldia de romper com ciclos de história e cultura. No encontro, agora editado em livro, reuniram-se contributos de filosofia, literatura, artes, cinema e media, em que, a partir de perspectivas diferenciadas, se analisou criticamente a obra e acção da autora. O segundo livro, saído de seminário realizado em Junho de 2010, procura abrir um novo caminho ao estudo da psicanálise e da cultura portuguesa, inquirindo a utilidade da abordagem psicanalítica para o estudo da literatura e das humanidades em geral, da filosofia e do cinema. Numa perspectiva transversal, juntou olhares nacionais e internacionais, cujo cruzamento de saberes contribuiu para decifrar os sentidos da cultura portuguesa na modernidade.
Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
CONCERTO DE HOMENAGEM A GLÓRIA DE SANT'ANNA
O concerto de homenagem à poetisa Glória de Sant'Anna (1925-2009), que representa a admiração do compositor Vasco M. N. Pereira pela obra da autora, vai realizar-se no auditório do Centro de Arte de Ovar, no dia 3 de Julho às 21:30. A admiração do compositor começou após a leitura de um livro de poemas da poetisa intitulado Amaranto, de onde nasceram duas canções (É o Vento e Pescador) e uma obra para coro a quatro vozes mistas (Prece). Já depois do falecimento da poetisa, o compositor musicou o poema Palavras para coro misto e os poemas Asas, Mágoa e Mar para soprano e quinteto.
O programa está dividido em duas partes. A primeira parte será dedicada à Música Instrumental e será da responsabilidade exclusiva da Cameratta Ibérica (na imagem). Serão interpretadas quatro arranjos de obras orquestrais para o quinteto. A segunda parte será dedicada exclusivamente à poesia de Glória de Sant’Anna e aos seus poemas musicados por Vasco M. N. Pereira, com leitura por familiares da poetisa e interpretadas as canções pela soprano Jacinta Almeida, sendo duas acompanhada só pelo piano e as restantes, acompanhada pelo quinteto.
Para além de professora e paralelamente à escrita, Glória de Sant’Anna foi locutora da rádio em Pemba e Chimoio (Moçambique) e colaborou em diversos jornais: Diário Popular, Guardian (Lourenço Marques), Itinerário (Lourenço Marques), Diário de Moçambique (Beira), Notícias (Lourenço Marques), Tribuna (Lourenço Marques), Sul (Brasil), Caliban (Lourenço Marques), Colóquio Letras (da Gulbenkian), Letras & Letras (Porto). Da sua obra destaca-se o Livro de Água (1961), que recebeu o Prémio Camilo Pessanha da Academia das Ciências de Lisboa [informações fornecidas pela entidade organizadora].
O programa está dividido em duas partes. A primeira parte será dedicada à Música Instrumental e será da responsabilidade exclusiva da Cameratta Ibérica (na imagem). Serão interpretadas quatro arranjos de obras orquestrais para o quinteto. A segunda parte será dedicada exclusivamente à poesia de Glória de Sant’Anna e aos seus poemas musicados por Vasco M. N. Pereira, com leitura por familiares da poetisa e interpretadas as canções pela soprano Jacinta Almeida, sendo duas acompanhada só pelo piano e as restantes, acompanhada pelo quinteto.
Para além de professora e paralelamente à escrita, Glória de Sant’Anna foi locutora da rádio em Pemba e Chimoio (Moçambique) e colaborou em diversos jornais: Diário Popular, Guardian (Lourenço Marques), Itinerário (Lourenço Marques), Diário de Moçambique (Beira), Notícias (Lourenço Marques), Tribuna (Lourenço Marques), Sul (Brasil), Caliban (Lourenço Marques), Colóquio Letras (da Gulbenkian), Letras & Letras (Porto). Da sua obra destaca-se o Livro de Água (1961), que recebeu o Prémio Camilo Pessanha da Academia das Ciências de Lisboa [informações fornecidas pela entidade organizadora].
quarta-feira, 29 de junho de 2011
JORNAL I VENDIDO A JAIME ANTUNES
O empresário Jaime Antunes comprou o jornal i, até agora pertencente ao grupo Lena. Jaime Antunes fora o fundador do Semanário Económico e do Diário Económico, no que é um regresso ao sector dos media (fonte: Público).
terça-feira, 28 de junho de 2011
CHAPÉUS DE SOL NA GULBENKIAN
Desenho de Bárbara Assis Pacheco para o projecto Chapéus-de-Sol (programa Próximo Futuro/verão 2011).
FRANCISCO ADAM E ANGÉLICO VIEIRA
Francisco Adam: "Retiro do sítio da TVI a informação ontem colocada: "Com 22 anos o famoso Dino dos Morangos com Açúcar perdeu a vida esta madrugada num acidente de carro. Há mais de um ano que Francisco Adam fazia parte do elenco da série. Na pele de Dino dava os primeiros passos como actor e tinha um futuro promissor à sua frente. Numa entrevista à TVI Francisco Adam revelou alguns segredos e traços da sua personalidade. Começou a trabalhar como modelo. Durante mais de quatro anos deu a cara por várias campanhas publicitárias. Foi depois de um workshop com um actor brasileiro que se inscreveu num casting para os Morangos com Açúcar e foi seleccionado. A boa disposição da personagem que encarnou era fruto da sua própria boa disposição" (publicado aqui em 17 de Abril de 2006).
Angélico Vieira: Actor e cantor continua internado no Hospital de Santo António. Angélico Vieira em morte cerebral (título do Público online, de hoje). Certidão de óbito de Angélico Vieira ao início da noite (título do Público online, de hoje à tarde). "O antigo vocalista dos D’Zrt sofreu um traumatismo crânio-encefálico muito grave, foi submetido a uma intervenção cirúrgica e encontra-se ligado a um sistema de suporte de vida. É tudo o que os responsáveis médicos adiantam sobre o estado de saúde de Angélico Vieira, de 28 anos. A agência que representa o actor convocou uma vigília para esta noite, às 21h00. Os fãs são chamados a participar e a levar velas para a porta do hospital, no centro do Porto, onde os familiares e amigos de Angélico Vieira continuam a chegar, incluindo o pai, que se encontrava em Angola" (Público de ontem).
Há grandes similitudes na narrativa dos dois: jovens, bonitos, muito pretendidos pelo sexo oposto, actores, conhecidos na série Morangos com Açúcar, rebeldes à sua maneira, sofrendo acidentes brutais com automóveis à noite, grande destaque nos media diários e nas revistas onde a sua fama se consolidou. James Dean, Jim Morrison, Curt Cobain, Marilyn Monroe também morreram jovens e no meio da fama, por acidente ou por suicídio. Eram estrelas, modelos de comportamento (mesmo que pouco exemplar) e ficaram na memória. Um culto próprio mantém-se. Mas a lembrança de Dino não se prolongou muito. O país é pequeno e a memória que temos das estrelas é menor que noutros países. Uma diferença: a morte de Francisco Adam foi anunciada rapidamente, a de Angélico Vieira quase que coreografada (a palavra surge-me, mesmo que sinta respeito pela tragédia).
Angélico Vieira: Actor e cantor continua internado no Hospital de Santo António. Angélico Vieira em morte cerebral (título do Público online, de hoje). Certidão de óbito de Angélico Vieira ao início da noite (título do Público online, de hoje à tarde). "O antigo vocalista dos D’Zrt sofreu um traumatismo crânio-encefálico muito grave, foi submetido a uma intervenção cirúrgica e encontra-se ligado a um sistema de suporte de vida. É tudo o que os responsáveis médicos adiantam sobre o estado de saúde de Angélico Vieira, de 28 anos. A agência que representa o actor convocou uma vigília para esta noite, às 21h00. Os fãs são chamados a participar e a levar velas para a porta do hospital, no centro do Porto, onde os familiares e amigos de Angélico Vieira continuam a chegar, incluindo o pai, que se encontrava em Angola" (Público de ontem).
Há grandes similitudes na narrativa dos dois: jovens, bonitos, muito pretendidos pelo sexo oposto, actores, conhecidos na série Morangos com Açúcar, rebeldes à sua maneira, sofrendo acidentes brutais com automóveis à noite, grande destaque nos media diários e nas revistas onde a sua fama se consolidou. James Dean, Jim Morrison, Curt Cobain, Marilyn Monroe também morreram jovens e no meio da fama, por acidente ou por suicídio. Eram estrelas, modelos de comportamento (mesmo que pouco exemplar) e ficaram na memória. Um culto próprio mantém-se. Mas a lembrança de Dino não se prolongou muito. O país é pequeno e a memória que temos das estrelas é menor que noutros países. Uma diferença: a morte de Francisco Adam foi anunciada rapidamente, a de Angélico Vieira quase que coreografada (a palavra surge-me, mesmo que sinta respeito pela tragédia).
segunda-feira, 27 de junho de 2011
PROJECTO EDITORIAL DE LIVROS INFANTIS
O projecto Gato na Lua assume uma orientação editorial de publicação de álbuns ilustrados de grande qualidade dirigidos a crianças entre os três e os dez anos. Os autores e ilustradores falam línguas diferentes entre si, possuem referências e imaginários distintos, e partilhamos com as crianças essa cultura de diversidade, através dos seus textos e imagens, dizem os responsáveis pelo projecto editorial. O primeiro livro, O meu Balão Vermelho, tem como autor e ilustrador Kazuaki Yamada.
domingo, 26 de junho de 2011
EDITORES E TELESPECTADORES NOS NOTICIÁRIOS TELEVISIVOS EM TESE DE DOUTORAMENTO DE ADELINO GOMES
Adelino Gomes vai defender a sua tese de doutoramento O telejornal e o zapping na era da Internet. Estudo do comportamento de editores e telespectadores nos jornais televisivos das 20 horas da RTP1, SIC e TVI (2006-2010) no próximo dia 4 de Julho, às 10:30, no auditório Afonso de Barros, ISCTE, Lisboa.
Adelino Gomes é, profissionalmente, jornalista, tendo trabalhado na rádio, na televisão e na imprensa. Neste último meio, foi um dos fundadores do jornal Público.
Adelino Gomes é, profissionalmente, jornalista, tendo trabalhado na rádio, na televisão e na imprensa. Neste último meio, foi um dos fundadores do jornal Público.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
S. JOÃO NO PORTO
"O Porto celebra o S. João. Há muitas festas pequenas - de prédio, de rua, de praça, de bairro - que se espalham pela cidade e não fecham a porta a mais um que queira entrar" (Público).
quarta-feira, 22 de junho de 2011
BAIRRO ALTO
Conferência O Bairro Alto de Lisboa - um olhar antropológico, por Heitor Frúgoli Jr., na livraria Círculo das Letras (Rua Augusto Gil, 15 B, Lisboa), no dia 28 de Junho, às 18:45.
terça-feira, 21 de junho de 2011
SOLSTÍCIO DE VERÃO
Entrou hoje o Verão, um tempo de mais calor e vontade de descansar: pensa-se logo em férias.
Ao mesmo tempo, Junho é o mês dos Santos Populares: Santo António, São João e São Pedro. Tradições que misturam sentimentos religiosos com festividades, lazer e consumo. Algumas montras das lojas de rua adequaram-se à época, produzindo belos efeitos (loja de roupa em primeira e segunda mão, na Rua Formosa, no Porto; loja de chocolates, junto à Avenida de Roma, em Lisboa).
Ao mesmo tempo, Junho é o mês dos Santos Populares: Santo António, São João e São Pedro. Tradições que misturam sentimentos religiosos com festividades, lazer e consumo. Algumas montras das lojas de rua adequaram-se à época, produzindo belos efeitos (loja de roupa em primeira e segunda mão, na Rua Formosa, no Porto; loja de chocolates, junto à Avenida de Roma, em Lisboa).
METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO: O USO DO TELEMÓVEL COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO
Hoje, os professores Mágda Rocha e Eduardo Pellanda, docentes da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Brasil), deram uma conferência onde falaram das metodologias de investigação científica aplicadas às ciências da comunicação (ver texto completo em http://industrias-culturais.hypotheses.org/15756).
FANS AND FANDOM
Dr. Eoin Devereux is "planning to organise a series of panels on Fandom and Popular Culture (with a focus on Rock Music) at the 2012 CROSSROADS IN CULTURAL STUDIES CONFERENCE in Paris. If you are interested in taking part send a 150 word abstract to eoin.devereux@ul.ie by July 31st 2011. Abstracts should include a clear statement on your methodological and theoretical approaches towards understanding Fandom and Popular Culture". Dr. Eoin Devereux is Senior Lecturer and Head of Department, Department of Sociology, Faculty of Arts, Humanities and Social Sciences, University of Limerick, Ireland.
domingo, 19 de junho de 2011
LIVROS DE MARIA MAMEDE E JOSÉ GOMES
Foi ontem à tarde, numa sala de hotel em Lisboa, que foram apresentados os livros de Maria Mamede (1947) (Bicharoquices, com ilustrações de Victor Hugo Freitas) e de José Gomes (1940) (O Coelho Jiróca, com ilustrações de Milú Coelho Gomes).
Os livros nasceram da ideia de Jorge Castelo Branco, da editora Edium. Os dois autores têm sido convidados pelas escolas do núcleo do Rodrigues de Freitas, no Porto, para contar histórias na hora do conto, ela poesia e ele histórias.
Ambos fizeram carreira profissional na banca, dedicando agora os tempos disponíveis ainda a participar em tertúlias em Vermoim e São Mamede de Infesta, do concelho da Maia, no Grande Porto. Desde há anos que acompanho à distância (pela internet e pelo correio electrónico) a produção cultural do grupo Movimentum - Arte e Cultura. Duas vezes por mês, usando equipamentos culturais da autarquia a que pertencem, reunem-se, lêem poesia, instalam teatrinhos de manipulação de imagens, conversam e partilham conhecimentos e amizades, numa articulação de tecnologias (blogues, fotografias digitais) com cultura popular (memórias do tempo e do espaço) e fazem parte da (grande) comunidade imaginária de leitores e de produtores de conteúdos escritos que existem espalhados pelo país.
Os livros nasceram da ideia de Jorge Castelo Branco, da editora Edium. Os dois autores têm sido convidados pelas escolas do núcleo do Rodrigues de Freitas, no Porto, para contar histórias na hora do conto, ela poesia e ele histórias.
Ambos fizeram carreira profissional na banca, dedicando agora os tempos disponíveis ainda a participar em tertúlias em Vermoim e São Mamede de Infesta, do concelho da Maia, no Grande Porto. Desde há anos que acompanho à distância (pela internet e pelo correio electrónico) a produção cultural do grupo Movimentum - Arte e Cultura. Duas vezes por mês, usando equipamentos culturais da autarquia a que pertencem, reunem-se, lêem poesia, instalam teatrinhos de manipulação de imagens, conversam e partilham conhecimentos e amizades, numa articulação de tecnologias (blogues, fotografias digitais) com cultura popular (memórias do tempo e do espaço) e fazem parte da (grande) comunidade imaginária de leitores e de produtores de conteúdos escritos que existem espalhados pelo país.
sábado, 18 de junho de 2011
ELA, DE GENET
Ela é uma peça de Jean Genet (1955), em apresentação no Teatro da Cornucópia, com encenação de Luís Miguel Cintra, e com este e Luís Lima Barreto, Ricardo Aibéo, Dinis Gomes e Manuel Romano na interpretação.
Ela é o Papa, a Sua Santidade (Luís Miguel Cintra). O fotógrafo (Ricardo Aibéo) pretende fazer a fotografia oficial do Papa. A atendê-lo está o Contínuo (Luís Lima Barreto), que mais me parece um mestre de cerimónias ou um chefe de gabinete pela pertinência e objectividade (e o seu oposto: a subjectividade) com que fala e argumenta. Toda a peça rola em volta da fotografia a tirar ao Papa e da importância desse gesto para o conhecimento mundial da sua figura. Em simultâneo, é uma discussão em torno do binómio ser humano/ser que representa Deus, do material e do espiritual. E ainda o confronto entre a doçura (os torrões de açúcar) e os soluços (ou prantos), a oposição entre alegria e tristeza, juventude e velhice, amor e ódio.
As peças de Jean Genet chocam muita gente, pelos temas, pela linguagem obscena, assustam porque põem os espectadores perante um mundo que sabem que existe (Roger Blin, no catálogo que acompanha a peça). Mas, por outro lado, as suas peças são desarmantes, porque provocam o riso e relaxam o público. Roger Blin compara Genet com Ionesco e Beckett. Genet não propõe soluções para os problemas, pelo que sente que qualquer ordem e organização são princípio de um constrangimento. Da peça e do autor, escreve Luís Miguel Cintra sobre o teatro do absurdo, a reflexão da vida, a encenação da morte. Em Genet, coloca-se a liberdade de pensar e de exprimir os seus pensamentos, quando os entende belos. Ele tolera mais os sofrimentos físicos e o desconforto mais do que o conforto. Sobre Deus, Genet acredita que acredita nele. A revolta dele, da sua infância, dos seus catorze anos, não foi contra a fé mas contra a sua situação social, uma condição de humilhado.
O artista é como Ela: a representação diária é como se estivesse a ver a um espelho. Será que sou igual, que venço a comunicação com o público, que supero as dificuldades? Ou sou o outro, o que aparece na fotografia, o que já morreu porque foi fotografado? A fotografia é da ordem do devir, do passado, do inantigível. Ao mesmo tempo, é a fotografia que perpetua, que aproxima, que parece dar um toque de humanidade e de vida.
Evoquemos, como no catálogo sobre a peça se faz, as pinturas de Diego Velásquez, Retrato de Inocêncio X (1650), e Francis Bacon, Estudo para o Papa Inocêncio X de Velázquez (1953).
Ela é o Papa, a Sua Santidade (Luís Miguel Cintra). O fotógrafo (Ricardo Aibéo) pretende fazer a fotografia oficial do Papa. A atendê-lo está o Contínuo (Luís Lima Barreto), que mais me parece um mestre de cerimónias ou um chefe de gabinete pela pertinência e objectividade (e o seu oposto: a subjectividade) com que fala e argumenta. Toda a peça rola em volta da fotografia a tirar ao Papa e da importância desse gesto para o conhecimento mundial da sua figura. Em simultâneo, é uma discussão em torno do binómio ser humano/ser que representa Deus, do material e do espiritual. E ainda o confronto entre a doçura (os torrões de açúcar) e os soluços (ou prantos), a oposição entre alegria e tristeza, juventude e velhice, amor e ódio.
As peças de Jean Genet chocam muita gente, pelos temas, pela linguagem obscena, assustam porque põem os espectadores perante um mundo que sabem que existe (Roger Blin, no catálogo que acompanha a peça). Mas, por outro lado, as suas peças são desarmantes, porque provocam o riso e relaxam o público. Roger Blin compara Genet com Ionesco e Beckett. Genet não propõe soluções para os problemas, pelo que sente que qualquer ordem e organização são princípio de um constrangimento. Da peça e do autor, escreve Luís Miguel Cintra sobre o teatro do absurdo, a reflexão da vida, a encenação da morte. Em Genet, coloca-se a liberdade de pensar e de exprimir os seus pensamentos, quando os entende belos. Ele tolera mais os sofrimentos físicos e o desconforto mais do que o conforto. Sobre Deus, Genet acredita que acredita nele. A revolta dele, da sua infância, dos seus catorze anos, não foi contra a fé mas contra a sua situação social, uma condição de humilhado.
O artista é como Ela: a representação diária é como se estivesse a ver a um espelho. Será que sou igual, que venço a comunicação com o público, que supero as dificuldades? Ou sou o outro, o que aparece na fotografia, o que já morreu porque foi fotografado? A fotografia é da ordem do devir, do passado, do inantigível. Ao mesmo tempo, é a fotografia que perpetua, que aproxima, que parece dar um toque de humanidade e de vida.
Evoquemos, como no catálogo sobre a peça se faz, as pinturas de Diego Velásquez, Retrato de Inocêncio X (1650), e Francis Bacon, Estudo para o Papa Inocêncio X de Velázquez (1953).
sexta-feira, 17 de junho de 2011
EXPOSIÇÃO EM SETÚBAL
Cruzando a Diversidade Cultural: Pintura de José Taklyn e Silvia Pintilie é uma exposição a inaugurar no dia 24 de Junho, pelas 21:30H, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS).
PINTURA PORTUGUESA
Primitivos Portugueses. El siglo dorado de la pintura portuguesa no Museo Nacional Colegio de San Gregorio, em Valladolid. Inauguração no dia 21 de Junho às 13:00.
NOVO DIRECTOR-GERAL DA TVI
José Fragoso, actual director de programas da RTP, vai para a TVI, onde ocupará o cargo de director-geral de conteúdos (a partir de notícia do Público online).
quinta-feira, 16 de junho de 2011
REALITY BANKRUPTCY CRISIS HITS ENDEMOL
"A question mark looms over the financial survival of television producer Endemol – the giant company behind Big Brother and Deal or No Deal - as details of its worsening debt were revealed. The Dutch financial daily, het Financieele Dagblad, reported on Tuesday that the TV company’s shareholders had appointed the advisory-focused investment bank Houlihan Lokey to restructure its debt, which is in the region of two billion euros. Endemol is owned jointly by Goldman Sachs Capital Partners, Silvio Berlusconi’s Mediaset SpA and CyrteInvestments, a fund controlled by John de Mol, one of Endemol’s co-founders. The reality TV network was set up in 1994 by Dutch producers John de Mol and Joop van den Ende and has been taken over by several different owners since then. The TV company made a huge international breakthrough with the Big Brother formula and currently operates in some 30 countries. But it seem that the massive financial restructuring plan is not enough to save the company, which, says the FD, is teetering on the brink of insolvency. A huge three-year acquisition spree and a failure to develop new hits when broadcast networks have begun to eschew the reality genre have contributed to its downfall" (source: rnw.nl/english/bulletin/reality-bankruptcy-crisis-hits-endemol).
terça-feira, 14 de junho de 2011
PROCURAR GANHAR A VIDA
Quando subo as escadas do metro, encontro-o à direita, encostado à parede. As escadas estão agora desertas, a uma hora muito cedo de um dos últimos domingos. Mas lembro-me da sua fisionomia: com algumas rugas em rosto anguloso, bigode comprido, às vezes a fumar, outras vezes a conversar com um empregado da segurança do metro. Tem talvez uns cinquenta anos. Vende nas escadas: chapéus de chuva, luvas, sandálias de plástico, sabrinas, coberturas de telemóvel, meias, sempre em pequeníssima quantidade. Ganha pouco dinheiro, certamente. Mas vejo-o com uma grande regularidade no seu "posto de trabalho", trabalho quase clandestino apesar de se situar num local público.
Na rua, caminhando ao longo de um percurso, outro homem procura ganhar algum dinheiro. É um homem-cartaz: ele anuncia cautelas e venda de ouro e prata nas placas de plástico amarelo que traz à frente e atrás. No momento em que o fotografo, há um canal de televisão (ou produtora) que o entrevista. Possivelmente, o entrevistador quer saber como trabalha, o que ganha e que histórias de gente que vende o seu ouro porque já não tem dinheiro para comprar bens essenciais. Nos últimos anos, os homens-cartaz andam pelas ruas a publicitar as casas de penhor. Por isso, tornam-se motivo de reportagem de televisão e de escrita de artigos de jornal.
O país empobreceu - e estes homens representam essa perda de confiança e poder. Devem ter ficado sem os seus empregos, se calhar pouco qualificados. Agora, com um olhar meio envergonhado, esperam que os abordem e façam um pequeno, muito pequeno, negócio.
Na rua, caminhando ao longo de um percurso, outro homem procura ganhar algum dinheiro. É um homem-cartaz: ele anuncia cautelas e venda de ouro e prata nas placas de plástico amarelo que traz à frente e atrás. No momento em que o fotografo, há um canal de televisão (ou produtora) que o entrevista. Possivelmente, o entrevistador quer saber como trabalha, o que ganha e que histórias de gente que vende o seu ouro porque já não tem dinheiro para comprar bens essenciais. Nos últimos anos, os homens-cartaz andam pelas ruas a publicitar as casas de penhor. Por isso, tornam-se motivo de reportagem de televisão e de escrita de artigos de jornal.
O país empobreceu - e estes homens representam essa perda de confiança e poder. Devem ter ficado sem os seus empregos, se calhar pouco qualificados. Agora, com um olhar meio envergonhado, esperam que os abordem e façam um pequeno, muito pequeno, negócio.
MOSTRA DE CINEMA SOBRE DESPORTO
Entre os dias 16 e 17 de Junho vai-se realizar no Teatro Académico Gil Vicente (TAGV), em Coimbra, o ciclo de cinema 8 mm com futebol – I Mostra de Cinema sobre Desporto, organizado numa parceria entre o CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra, o Teatro Académico Gil Vicente e a Universidade de Sevilha. Destaco a apresentação, no dia 17 de Junho, pelas 17:00, do livro de Francisco Pinheiro História da Imprensa Desportiva em Portugal, com apresentação do livro por Isabel Vargues, professora universitária (Universidade de Coimbra) e Joaquín Marín Montín, professor universitário (Universidade de Sevilha). Saber mais em http://www.tagv.info/.
LUCKI E AS BAIBIES
Lucki e as Baibies, texto de Marta Freitas, narra a história de um grupo de teatro em que o fundador é Lucki (Pedro Mendonça). O grupo vai de terra em terra mostrar o seu espectáculo e é um misto de circo e teatro ambulante, em um só acto ou com cenas de cenas a lembrar o teatro de vaudeville (mas sem artistas convidados para cada sessão) e os temas da beat generation: errância, famílias desestruturadas, inadaptação. Mas é também a história das duas mulheres que o acompanham no espectáculo, Dorita (Marta Freitas) e Gemma (Teresa Queirós), aquela mais velha que esta e preterida nos favores sexuais de Lucki. Cada personagem encerra uma vida de privações, violações e violência doméstica familiar, cujos pormenores íntimos são revelados nas conversas que estabelecem nos intervalos do espectáculo. Este já teve um público mais caloroso, o que leva os artistas a interrogarem-se das causas.
Há um quadro psicológico individual, em que a solidão e o insucesso crescem e levam Lucki, Dorita e Gemma a um quadro de grande violência: fuga através da bebida, machismo e desprezo pelo género feminino, submissão, pobreza mas vontade de continuar a representar diante de um público. A decadência e a morte parecem esconder os sonhos, a magia, os papéis do palhaço e da trapezista, do domador e do ilusionista, do declamador e do artista trágico, os contos de fadas, o bailado, a canção de amizade e carinho, a juventude que os artistas tiveram e acreditaram existir para sempre, a par do êxito escasso e efémero.
A peça, com encenação de João Paulo Costa, representa dois mundos: o palco (o espectáculo em si) e o bastidor (o que se esconde, em especial a violência dentro do grupo), como o sociólogo Erwing Goffman ilustra os seus livros. A cortina, ao abrir, fechar e entreabrir, permite ao espectador aceder a esses momentos. Por vezes, o silêncio é tão intenso como a conversa ou os gritos. Outras vezes, a música que cantam, as danças que apenas ensaiam, as plumas e os adereços que usam, soam a falso. O cenário, uma roulotte, simultaneamente o palco e o espaço onde vivem, comem, dormem, discutem e brigam, enquadra bem o lado saltimbanco do grupo.
Além de autora de Lucki e as Baibies, com formação académica em psicologia e teatro, Marta Freitas é actriz e professora na ACE (Academia Contemporânea do Espectáculo) e no Balleteatro Escola Profissional. Lucki e as Baibies está em cena na ACE - Teatro do Bolhão, no Porto [imagem ao lado retirada do blogue de ana pereira].
Há um quadro psicológico individual, em que a solidão e o insucesso crescem e levam Lucki, Dorita e Gemma a um quadro de grande violência: fuga através da bebida, machismo e desprezo pelo género feminino, submissão, pobreza mas vontade de continuar a representar diante de um público. A decadência e a morte parecem esconder os sonhos, a magia, os papéis do palhaço e da trapezista, do domador e do ilusionista, do declamador e do artista trágico, os contos de fadas, o bailado, a canção de amizade e carinho, a juventude que os artistas tiveram e acreditaram existir para sempre, a par do êxito escasso e efémero.
A peça, com encenação de João Paulo Costa, representa dois mundos: o palco (o espectáculo em si) e o bastidor (o que se esconde, em especial a violência dentro do grupo), como o sociólogo Erwing Goffman ilustra os seus livros. A cortina, ao abrir, fechar e entreabrir, permite ao espectador aceder a esses momentos. Por vezes, o silêncio é tão intenso como a conversa ou os gritos. Outras vezes, a música que cantam, as danças que apenas ensaiam, as plumas e os adereços que usam, soam a falso. O cenário, uma roulotte, simultaneamente o palco e o espaço onde vivem, comem, dormem, discutem e brigam, enquadra bem o lado saltimbanco do grupo.
Além de autora de Lucki e as Baibies, com formação académica em psicologia e teatro, Marta Freitas é actriz e professora na ACE (Academia Contemporânea do Espectáculo) e no Balleteatro Escola Profissional. Lucki e as Baibies está em cena na ACE - Teatro do Bolhão, no Porto [imagem ao lado retirada do blogue de ana pereira].
quinta-feira, 9 de junho de 2011
MUSIC & COUNTERCULTURE
Music and counterculture(s). Rock'n'Roll, the Sixties, the U.S. and beyond.
Ce numéro de Volume ! La revue des musiques populaires s’intéressera, par le détour de la musique, aux contre-cultures des années 1960 et au-dela – à ce mouvement hétérogène, son identité éclatée, sa circulation planétaire, ses origines, son influence et ses héritages. Nous invitons ainsi les chercheurs à étudier le phénomène de « la contre-culture » musicale mais aussi à en interroger la définition esthétique, culturelle, politique, historique et chronologique : que fut la contre-culture, et comment la musique l’a cimentée ? qu’est-ce qui l’identifie non seulement spécifiquement dans les années 1960-1970, mais aussi plus généralement au-delà : ses caractéristiques « formelles » (caractéristiques musicales, styles), son idéologie (militantisme, modes de vie) ou ce à quoi elle s’oppose (le système, les « valeurs américaines traditionnelles », la guerre, le capitalisme) ? Les contributions sont à envoyer par email avec résumé, mots-clés et biographie succinte de l’auteur, aux adresses suivantes : fredericbob[at]aol[dot]com, editions[at]seteun[dot]net & jedediah-sklower[at]hotmail[dot]com, gerome[dot]guibert[at]wanadoo[dot]fr, avant le 15 octobre 2011.
[http://calenda.revues.org/nouvelle20067.html]
Ce numéro de Volume ! La revue des musiques populaires s’intéressera, par le détour de la musique, aux contre-cultures des années 1960 et au-dela – à ce mouvement hétérogène, son identité éclatée, sa circulation planétaire, ses origines, son influence et ses héritages. Nous invitons ainsi les chercheurs à étudier le phénomène de « la contre-culture » musicale mais aussi à en interroger la définition esthétique, culturelle, politique, historique et chronologique : que fut la contre-culture, et comment la musique l’a cimentée ? qu’est-ce qui l’identifie non seulement spécifiquement dans les années 1960-1970, mais aussi plus généralement au-delà : ses caractéristiques « formelles » (caractéristiques musicales, styles), son idéologie (militantisme, modes de vie) ou ce à quoi elle s’oppose (le système, les « valeurs américaines traditionnelles », la guerre, le capitalisme) ? Les contributions sont à envoyer par email avec résumé, mots-clés et biographie succinte de l’auteur, aux adresses suivantes : fredericbob[at]aol[dot]com, editions[at]seteun[dot]net & jedediah-sklower[at]hotmail[dot]com, gerome[dot]guibert[at]wanadoo[dot]fr, avant le 15 octobre 2011.
[http://calenda.revues.org/nouvelle20067.html]
NAISSANCE DE L'OPINION PUBLIQUE DANS L'ITALIE MODERNE
Ouvrage: Sandro Landi, Naissance de l’opinion publique dans l’Italie moderne, PUR, 2006. Lire ici.
SOBRE O ESPAÇO PÚBLICO EM PORTUGAL NA ÉPOCA DAS LUZES
O capítulo Novas formas: vida privada, sociabilidades culturais e emergência do espaço público (2011), de Maria Alexandre Lousada, no segundo volume de História da vida privada em Portugal, traça uma análise às condições de produção e difusão cultural, à afirmação da privacidade e à emergência do espaço público em Portugal, assuntos que me interessam muito. Ler o texto completo em http://industrias-culturais.hypotheses.org/15520.
MUDANÇAS NO JORNAL DE NOTÍCIAS
"Aparentemente, o JN acaba de fazer um corte drástico na sua 'carteira' de colunistas. Desapareceram nomes como Mário Mesquita, Paquete de Oliveira, Luís Filipe Meneses, Luís Portela, Alice Vieira, Freitas Cruz, Mário Contumélias, Óscar Mascarenhas, Paulo Baldaia, Nuno Rogeiro, Zita Seabra, Paulo Morais, entre vários outros. Não vimos explicação aos leitores da parte da nova Direcção" (Manuel Pinto, FaceBook).
quarta-feira, 8 de junho de 2011
FATAL - FESTIVAL ANUAL DE TEATRO ACADÉMICO DE LISBOA
O FATAL – Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa encerrou a sua 12ª edição numa cerimónia que decorreu ontem, 7 de Junho, no Teatro do Bairro. O júri atribuiu o Prémio FATAL 2011 ao grupo TEUC – Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra, com a peça Um dia de raiva, encenada por Nuno Pino Custódio, pela "capacidade de construção lúcida de um texto dramático a partir da realidade socio-económica portuguesa contemporânea, especialmente aquela que afecta a juventude universitária e a sua inserção no mercado de trabalho". O Prémio FATAL Cidade de Lisboa foi atribuído ao espectáculo Antitheos ou a divina antagonista, do GTN – Grupo de Teatro da Nova, "um interessante trabalho dramatúrgico à volta de um texto clássico para a criação de um espectáculo de linguagem contemporânea. Ler mais aqui e aqui, de onde retirei a informação acima.
LIVROS
O Coelho Jiróca, texto de José Gomes e ilustrações da Milú Coelho Gomes, e Bicharoquices, poemas da Maria Mamede e ilustrações de Victor Hugo Freitas (Melroeiro), são dois livros a apresentar no sábado dia 18 de Junho, pelas 16:00, no Hotel Real Palácio (Rua Tomás Ribeiro, 115, Lisboa).
O DISCURSO EM FOUCAULT
Foucault apresenta três grupos de procedimento sobre o poder do discurso:
1) procedimentos de exclusão: palavras interditas (religião, sexualidade, política), distinção da loucura (por oposição a razão), vontade da verdade,
2) procedimentos internos: comentário (discurso sobre o discurso), autor, disciplina,
3) controlo dos discursos: rituais da palavra (rarefacção dos sujeitos – entram num discurso os que sabem sobre ele), sociedades do discurso (circulação de discursos num espaço fechado), grupos doutrinários (circulação máxima de aderentes), apropriações sociais (caso da educação, que mantém ou modifica discursos devido a lutas e oposições)
Leitura: Michel Foucault (1970/1997). A ordem do discurso. Lisboa: Relógio d’Água
1) procedimentos de exclusão: palavras interditas (religião, sexualidade, política), distinção da loucura (por oposição a razão), vontade da verdade,
2) procedimentos internos: comentário (discurso sobre o discurso), autor, disciplina,
3) controlo dos discursos: rituais da palavra (rarefacção dos sujeitos – entram num discurso os que sabem sobre ele), sociedades do discurso (circulação de discursos num espaço fechado), grupos doutrinários (circulação máxima de aderentes), apropriações sociais (caso da educação, que mantém ou modifica discursos devido a lutas e oposições)
Leitura: Michel Foucault (1970/1997). A ordem do discurso. Lisboa: Relógio d’Água
segunda-feira, 6 de junho de 2011
HISTÓRIAS DE IDA E VOLTA
Nos dias 25 e 26 de Junho, na Fábrica da Pólvora de Barcarena, o Festival Internacional Histórias de Ida e Volta pretende "concentrar o trabalho de fundo e continuidade que as Bibliotecas Municipais têm desenvolvido na área da promoção da leitura e das literacias, numa iniciativa mais alargada, aberta à comunidade, acolhendo e promovendo propostas de contadores de histórias". Conta com a presença de narradores nacionais e internacionais, como Tim Bowley, Rodolfo Castro, António Fontinha e Cristina Taquelim.
Esta última é entrevistada na agenda cultural 30 Dias em Oeiras. Ela já escreveu três livros mas não gosta que a chamem de autora. Entende que as crianças devem começar a ouvir histórias desde que nascem e faz corresponder o tempo do contar histórias a uma altura em que a família estava à volta da lareira e trocavam palavras e afectos. Cristina Taquelim recorda que foi criada pela avó, uma grande contadora de histórias. A biblioteca pode ser uma substituta.
Esta última é entrevistada na agenda cultural 30 Dias em Oeiras. Ela já escreveu três livros mas não gosta que a chamem de autora. Entende que as crianças devem começar a ouvir histórias desde que nascem e faz corresponder o tempo do contar histórias a uma altura em que a família estava à volta da lareira e trocavam palavras e afectos. Cristina Taquelim recorda que foi criada pela avó, uma grande contadora de histórias. A biblioteca pode ser uma substituta.
MEDIA AND CULTURAL MEMORY
The International Association for Media and History is an organization of filmmakers, broadcasters, archivists and scholars dedicated to historical inquiry into film, radio, television, and related media. It encourages scholarly research into the relations between history and the media as well as the production of historically informed documentaries, television series, and other media texts. It is responsible for an international conference every two years focusing on an aspect of media and history, awards in the field of media and history, and a master class to support postgraduate students and postdoctoral fellows in the field.
This year’s conference takes place on July 6-10, 2011, and is hosted by the University of Copenhagen, Denmark. The conference is dedicated to the theme of Media and Cultural Memory and a wide arena of subthemes. Keynote speakers include Professor Richard Howells (King’s College, London) and Stephen Badsey (University of Wolverhampton). A preliminary programme can be found at http://www.iamhist.org/. Online registration form, accommodation details and more at http://www.iamhist.dk/.
This year’s conference takes place on July 6-10, 2011, and is hosted by the University of Copenhagen, Denmark. The conference is dedicated to the theme of Media and Cultural Memory and a wide arena of subthemes. Keynote speakers include Professor Richard Howells (King’s College, London) and Stephen Badsey (University of Wolverhampton). A preliminary programme can be found at http://www.iamhist.org/. Online registration form, accommodation details and more at http://www.iamhist.dk/.
CAEM
Retiro da newsletter de hoje da Meios e Publicidade "A Comissão de Estudo e Análise de Meios - CAEM - tem convocada para esta semana uma assembleia-geral para eleger os novos corpos sociais. Já fechada está a presidência, que é rotativa e está agora destinada aos meios (televisões). José Alberto Bastos e Silva, da SIC será o presidente da CAEM durante os próximos dois anos, com a presidência da assembleia-geral a ficar a cargo Eduardo Branco, actual presidente da direcção da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN). Os restantes lugares da direcção da CAEM serão ocupados por Manuela Botelho, secretária-geral da APAN, e por José Dias Pinheiro, presidente da direcção da Associação Portuguesa de Agências de Meios. A mudança de testemunho acontece num momento em que a CAEM está a ser alvo de uma queixa à Autoridade da Concorrência, interposta pela Marktest, no âmbito do concurso que atribuiu a medição de audiências, à GFK, para os próximos cinco anos. Para Luís Mergulhão, actual presidente, «este foi o mandato em que o mercado compreendeu a importância da CAEM». Criada em 1994, viu em 2008 os seus estatutos serem reformulados para criar mais dinamismo no mercado e à associação".
sábado, 4 de junho de 2011
MEMÓRIAS DE UM CAIXEIRO
O que se ouvia e via ao balcão do Portela é um livro de Paulo Barreto e editado o ano passado em Vila Praia de Âncora, de onde o autor é oriundo. Memórias de um jovem caixeiro e filho de alfaiates que não quiseram que ele seguisse a profissão, conta a história de alguém que entrou na loja do Portela, junto à Praça da República, naquela vila, para trabalhar quando tinha treze anos (o autor nasceu em 1935).
O balcão e a porta da loja representavam um bom e privilegiado ponto de observação. A loja, a praça e a vila funcionam como um todo, interrelacionam-se. O autor descreve tipos de pessoas, profissões, veraneantes, festas e procissões, os acontecimentos sociais, o papel do comboio, a relação entre comerciantes, a cultura (a Sociedade, o Órfeão), os dias da semana e os domingos, a religião. Mas também a política (e a falta de liberdade até 1974), a música, os livros e a sua leitura. Do livro, fica-se a saber que o autor aprendeu piano e tocou saxfone, esforçou-se por recuperar a vida ao órfeão da vila, é pintor autodidacta. O livro faz-se acompanhar por muitas fotografias, muitas delas feitas pelo autor, com grupos de amigos, de famílias e de acontecimentos. É, assim, um mundo inteiro observado.
Ver texto completo em http://industrias-culturais.hypotheses.
O balcão e a porta da loja representavam um bom e privilegiado ponto de observação. A loja, a praça e a vila funcionam como um todo, interrelacionam-se. O autor descreve tipos de pessoas, profissões, veraneantes, festas e procissões, os acontecimentos sociais, o papel do comboio, a relação entre comerciantes, a cultura (a Sociedade, o Órfeão), os dias da semana e os domingos, a religião. Mas também a política (e a falta de liberdade até 1974), a música, os livros e a sua leitura. Do livro, fica-se a saber que o autor aprendeu piano e tocou saxfone, esforçou-se por recuperar a vida ao órfeão da vila, é pintor autodidacta. O livro faz-se acompanhar por muitas fotografias, muitas delas feitas pelo autor, com grupos de amigos, de famílias e de acontecimentos. É, assim, um mundo inteiro observado.
Ver texto completo em http://industrias-culturais.hypotheses.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
COLECÇÃO DOCUMENTAL DE CURTAS-METRAGENS DA CINEMATECA
Prosseguindo o projecto de olhar a colecção documental de curtas-metragens da Cinemateca partindo dela para propostas de reflexão em torno da História do século XX português, o foco de Junho vai para campanhas eleitorais. Sessão apresentada pelo historiador José Neves, dia 7 de Junho, pelas 19:30, na Rua Barata Salgueiro, 39, em Lisboa.
A sessão reúne imagens de algumas das campanhas presidenciais do Estado Novo a que também se candidataram membros dos movimentos oposicionistas: Norton de Matos contra Óscar Carmona (1949), Quintão Meireles contra Craveiro Lopes (1951) e Humberto Delgado contra Américo Tomás (1958). A retórica dos documentários de produção oficial (ou sancionados pelo regime) insiste nos candidatos oficiais. Os candidatos da oposição não são referidos, ou são mostrados apenas de passagem. As imagens filmadas pelo legionário António Veríssimo em 1958 e que mostram o enorme apoio popular a Humberto Delgado têm, por isso, um interesse extraordinário. Fechamos a sessão com um brevíssimo filme de propaganda eleitoral da União Nacional para as primeiras eleições legislativas pós-Salazar.
REPRESENTAÇÕES DA SIDA NOS JORNAIS
Faz agora 30 anos que o VIH-SIDA se transformou na doença (ou na perda de imunodeficiência que deixava de proteger o indivíduo de doenças oportunistas) alarmante. A minha tese de doutoramento tratou das notícias sobre essa doença. Ver texto completo aqui.
ANATOMIAS CRUZADAS
Encontros ANATOMIAS CRUZADAS. Coordenação de Manuel Valente Alves.
Reflexão em torno do conceito de anatomia, a propósito da exposição Gabinete de anatomia: Arpad, Vieira e os desenhos anatómicos do Museu de Medicina, sob o olhar de especialistas de várias disciplinas artísticas e científicas que o entendem e vivem de modos diferentes.
AS REDES
Sábado, 4 Junho, 12h00
Convidados: Jorge Vaz de Carvalho, Simonetta Luz Afonso
Moderador: Manuel Valente Alves
AS PALAVRAS
Sábado, 25 Junho, 12h00
Convidados: João Miguel Fernandes Jorge, José Wallenstein
Moderador: Rui Victorino
OS ESPAÇOS
Sábado, 2 Julho, 12h00
Convidados: João Seixas, Jorge Salavisa
Moderador: Ana Gomes de Almeida
Reflexão em torno do conceito de anatomia, a propósito da exposição Gabinete de anatomia: Arpad, Vieira e os desenhos anatómicos do Museu de Medicina, sob o olhar de especialistas de várias disciplinas artísticas e científicas que o entendem e vivem de modos diferentes.
AS REDES
Sábado, 4 Junho, 12h00
Convidados: Jorge Vaz de Carvalho, Simonetta Luz Afonso
Moderador: Manuel Valente Alves
AS PALAVRAS
Sábado, 25 Junho, 12h00
Convidados: João Miguel Fernandes Jorge, José Wallenstein
Moderador: Rui Victorino
OS ESPAÇOS
Sábado, 2 Julho, 12h00
Convidados: João Seixas, Jorge Salavisa
Moderador: Ana Gomes de Almeida
CFP: GENDER CULTURES AND REALITY TV
University of Auckland, New Zealand. December 2-3, 2011. Reality TV has gained a global foothold in popular culture, offering to explicate, regulate, and manipulate the social scripts we live by. Of these, no social framework is more central to reality TV than gender, yet sustained scrutiny of reality TV’s relation to gender norms, performances and practices has barely begun. In the last decade, formats such as Wife Swap, Temptation Island, Extreme Makeover, Queer Eye for the Straight Guy, There’s Something About Miriam, Supernanny and Bridezillas have placed a spotlight on contemporary gender identities and social relations. These formats, like many others, destabilise gender categories even as they insist upon and often consolidate gender as a structuring logic of real-world social relations. At the same time, reality TV reminds us that gender is neither a singular nor a universal category, as demonstrated by the way in which international reality TV formats adopt local features at each culturally specific site of production. Please submit a 300-word abstract short biographical note to m.kavka@auckland.ac.nz by 29 July, 2011. Successful applicants will be notified by 19 August, 2011.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
CRÍTICA JORNALÍSTICA
Artigo de Eduardo Cintra Torres, A Crítica Jornalística na Era do Receptor Empoderado, está disponível aqui (Contemporânea - Revista de Comunicação e Cultura, vol. 9, nº 1, 2011). Escreve ele: "A nova explosão comunicacional do século XXI tem implicações, não só para as estratégias dos media, como para a existência, conteúdo e forma de géneros muito específicos do jornalismo, como a crítica de televisão. Neste artigo, começo por uma descrição analítica breve deste género nas primeiras décadas de existência do media, para passar depois à análise do lugar da crítica no âmbito da nova explosão comunicacional; a seguir, faço uma pausa para reflectir sobre duas reacções diferentes a respeito da crítica literária no novo ambiente mediático, e termino com algumas sugestões do que deve ser hoje a crítica de televisão para poder considerar-se útil, necessária e para sobreviver com visibilidade e responsabilidade na era do receptor empoderado". A Contemporânea é uma publicação digital do PósCom da Universidade Federal da Bahia, indexada no Directory do Open Access Journals.
NOVO LIVRO DE ISABEL GIL
Saiu o novo livro de Isabel Capeloa Gil, Literacia visual. Estudos sobre a inquietude das imagens. Da capa, retiro o seguinte: "A construção visual do social e da cultura constituiu-se como marca do novo paradigma do século XXI. Esta visualidade complexa requer uma nova literacia, que possibilite um entendimento competente dos dispositivos de olhar que permeiam as sociedades, das estratégias de poder que constituem os campos de visibilidade e invisibilidade e a decifração dos poderes oblíquos que se refractam através dos suportes tecnológicos da imagem, da fotografia e cinema aos vídeo jogos e às novas plataformas de interacção virtual".
Isabel Gil é a directora da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.
Isabel Gil é a directora da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.
LES ARTS EN TEMPS DE CRISE
L’objectif de ce colloque est d’interroger les choix politiques, organisationnels et économiques qui s’ouvrent aux acteurs politiques en ce temps de retour à la rigueur. Les modèles d’administration de la culture en France et au Royaume-Uni se rapprochant de plus en plus, il apparaît opportun d’examiner la façon dont les gouvernements réagissent aux nouveaux défis auxquels ils sont confrontés afin de déterminer dans quelle mesure ce phénomène de convergence est appelé à durer. Jeudi 15 décembre 2011, université de Cergy-Pontoise et vendredi 16 décembre 2011, musée Rodin. Modalités de soumission: les propositions de communication en anglais et en français si possible (environ 500 mots) sont à envoyer aux deux organisateurs, accompagnées de cinq mots clés et d’une note biographique (5 à 10 lignes): Cécile Doustaly (Cecile.Doustaly@u‐cergy.fr) et Clive Gray (C.J.Gray@warwick.ac.uk) avant le 15 juin 2011 (voir plus en http://artsintimesofcrisis.wordpress.com/).
APRESENTAÇÃO DO LIVRO DA HISTÓRIA DA ARIC
Apresentado hoje na Universidade Católica, o livro de Joaquim Sousa Queirós, 20 anos ao serviço das rádios locais. ARIC 1991-2001, contributos para a história, divide-se em três partes. Se a primeira parte conta com o texto do autor, em que aborda o aparecimento das rádios locais e a criação e o desenvolvimento da ARIC (Associação das Rádios de Inspiração Cristã), as duas outras partes contam com depoimentos de dirigentes da ARIC ao longo do tempo e documentos essenciais para a sua compreensão. Ver o texto completo e vídeo com o autor em http://industrias-culturais.hypotheses.org/15260
HELSINKI PHOTOMEDIA: IMAGES IN CIRCULATION
Three-day conference on 28-30 March 2012, Finland. Aalto University and its School of Art and Design is launching a series of research meetings initiated by the Unit of Photography. The conference is a new venue for researchers working on different aspects of photography and it will be arranged every two years. The first three-day conference will deal with the theme Images in Circulation. Helsinki Photomedia addresses photography as a multi-faceted and changing field of interrelated phenomena encompassing all photographic technologies and the related professional and cultural discourses and practices. The conference brings together researchers from multiple disciplines in order to create new crossovers between artistic and scientific research in photography and their respective themes and methodologies. Conference venue will be Lume Media Center in Aalto University Helsinki, Finland. http://lume.aalto.fi/en/. Contact: Jenni Haili, jenni.haili@aalto.fi.
FESTIVAL DE ALMADA
O 28.º Festival de Almada regressa entre os dias 4 e 18 de Julho. Este ano, o Festival estende-se ao Teatro Camões e ao Festival das Artes (Coimbra). Grandes nomes do teatro mundial estarão presentes, entre os quais Patrice Chéreau, encenador de I am the Wind, Joel Pommerat, encenador de Cercles/Fictions, René Pollesch / Volksbühne, encenador de I’m looking into your eyes, social context of deception!, Ferruccio Soleri, autor e intérprete de Retratos da Comedia dell’Arte. A Companhia de Teatro de Almada estreará quatro novas produções: Santa Joana dos Matadouros, de Brecht, com encenação de Bernard Sobel, O Teatro Cómico, de Carlo Goldoni, com encenação de Mario Mattia Giorgetti, A Rainha Louca, uma ópera com música e libreto de Alexandre Delgado e encenação de Joaquim Benite, Do Amor, de Lars Norén, com encenação de Solveig Nordlund. A apresentação da programação integral do Festival será no dia 22 de Junho, às 21h30, na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, com a presença de Ferruccio Soleri.
MUDANÇAS NO JORNAL DE NOTÍCIAS
O Jornal de Notícias vai ter um conselho editorial a partir de Setembro. O conselho, proposta da direcção de Manuel Tavares, procurará dar opiniões sobre a região, o país e o mundo.
A estrutura de chefias no jornal vai ser reduzida. Cada um dos seis elementos da direcção (director Manuel Tavares, directores-adjuntos Alfredo Leite e Fernando Santos, e subdirectores Ana Sousa Dias, Paulo Ferreira e Jorge Fiel) será responsável por duas áreas. Um dos directores terá responsabilidades específicas em relação aos produtos transversais ao grupo: Notícias Sábado, Notícias Magazine e Dinheiro Vivo.
fonte: Meios e Publicidade.
A estrutura de chefias no jornal vai ser reduzida. Cada um dos seis elementos da direcção (director Manuel Tavares, directores-adjuntos Alfredo Leite e Fernando Santos, e subdirectores Ana Sousa Dias, Paulo Ferreira e Jorge Fiel) será responsável por duas áreas. Um dos directores terá responsabilidades específicas em relação aos produtos transversais ao grupo: Notícias Sábado, Notícias Magazine e Dinheiro Vivo.
fonte: Meios e Publicidade.
CITAÇÃO DE JOSÉ EDUARDO MONIZ
Ontem, no artigo semanal que tem no Diário Económico, José Eduardo Moniz escreveu:
"A segunda nota vai para a Televisão. Tal como aqui escrevi, a tendência nas audiências confirma-se. Abril e Maio sempre foram meses bons para quem detém os direitos de transmissão de provas futebolísticas. Este ano, no entanto, o líder tem sofrido muito. O pior será quando se concretizarem as alterações no sistema de medição do comportamento dos espectadores. Esse tempo aproxima-se. Veloz".
Isto é, o vice-presidente da Ongoing e antigo director-geral da TVI acredita que o sistema de medições a implementar pela GfK vai punir os canais generalistas e dar maiores audiências aos canais de subscrição. A TVI, alvo das suas observações, será um dos canais a perder.
Entretanto, o Jornal de Notícias de hoje dá atenção ao novo noticiário da TVI:
"A segunda nota vai para a Televisão. Tal como aqui escrevi, a tendência nas audiências confirma-se. Abril e Maio sempre foram meses bons para quem detém os direitos de transmissão de provas futebolísticas. Este ano, no entanto, o líder tem sofrido muito. O pior será quando se concretizarem as alterações no sistema de medição do comportamento dos espectadores. Esse tempo aproxima-se. Veloz".
Isto é, o vice-presidente da Ongoing e antigo director-geral da TVI acredita que o sistema de medições a implementar pela GfK vai punir os canais generalistas e dar maiores audiências aos canais de subscrição. A TVI, alvo das suas observações, será um dos canais a perder.
Entretanto, o Jornal de Notícias de hoje dá atenção ao novo noticiário da TVI:
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