Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
terça-feira, 31 de maio de 2011
PERFIL DO JORNALISTA PORTUGUÊS
Perfil sociológico do jornalista português, estudo financiado pela FCT e coordenado por José Rebelo, docente do ISCTE, é lançado no dia 7 de Julho, às 18:30 no ISCTE, em edição da Gradiva/ Fundação Calouste Gulbenkian. Apresentação por Rémy Rieffel (Institut Français de Presse/Universidade de Paris II) e Paquete de Oliveira.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
AGENDA CULTURAL DE LISBOA
"Junho anuncia o verão; cheira a manjerico e sardinha assada. Há arraiais e marchas populares; os bailaricos entregam sons e cores às ruas e vielas dos bairros típicos. Nos eléctricos, no metro ou num autocarro faz-se teatro e ouve-se jazz. Canta-se o fado nas colinas que se debruçam sobre o Tejo. Outras artes transformam o espaço público num palco imenso. E, até nos mercados os paladares estão mais vivos e presentes. Eis uma cidade que se recria e reinventa… seja bem-vindo às Festas de Lisboa" (ler mais da agenda cultural de Lisboa aqui).
“LET THERE BE LIGHT” – WORKSHOP DE DESIGN DE PRODUTO
Orientado por Nick Holland, director of Design, Royal College of Art, na Faculdade de Filosofia (Braga), no dia 3 de Junho, das 18:00 às 23:00. O principal objectivo visa levar os participantes a experimentarem pessoalmente, de uma forma dinâmica e criativa, os vários passos e processos de pensamento necessários ao design de um produto viável. A tarefa prática consiste em conceber o design de um candeeiro de mesa e realizar um protótipo durante o workshop, com engenho, criatividade e sentido prático, capaz de transformar materiais simples num objecto dotado de outra dimensão e valor. Os processos de design envolvidos nesta tarefa incluem: planeamento, design, função, construção, sentido prático, sentido estético e sentido emocional. Email para mais informações: arturalves@braga.ucp.pt.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
OBRAS DA FUNDAÇÃO SERRALVES EM ALGÉS
Livre circulação é o título da exposição no Centro de Arte Manuel de Brito em Algés, a partir da colecção da Fundação Serralves (Porto), com obras de artistas fundamentais das últimas quatro décadas. Do desdobrável que acompanha a exposição, retiro as seguintes ideias: "O conceito de circulação, com a sua inerente mobilidade de pontos de vista e de referências por parte do espectador, é explorado a partir de obras que utilizarão sobretudo a escultura, a pintura, o desenho e o vídeo como suporte". Autores como Fernando Calhau, José Pedro Croft, Julião Sarmento, Júlio Pomar, Manuel Baptista, Nikias Skapinakis, Pedro Cabrita Reis, René Bertholo e Rui Chafes expõem obras suas. As que mais me comoveram foram as de Ângelo de Sousa e Álvaro Lapa, desaparecidos nos últimos anos. Relevo ainda mais as obras de Lapa, recordando os tempos em que ele ensinava Estética na Escola de Belas Artes do Porto e eu exercia igual ofício na Árvore, na ida década de 1980. Eu teorizava mal e não praticava, ele teorizava e publicava e pintava. É uma memória à qual gosto de voltar, apesar de nunca me ter cruzado com ele e falado das questões que nos preocupavam.
FUTURO ARQUIVO FONOGRÁFICO NACIONAL
O Público de ontem trazia um texto assinado por Mário Lopes sobre o futuro Arquivo Fonográfico Nacional, a instalar em Évora em 2014, a partir do trabalho do Instituto de Etnomusicologia da Universidade Nova de Lisboa. O Museu da Música está instalado provisoriamente, desde 1994, na estação do metropolitano do Alto dos Moinhos. No ano passado, era editada a Enciclopédia da Música Portuguesa, em quatro volumes, sob a direcção de Salwa Castelo-Branco, como assinalei aqui, depois de década e meia de investigação com 150 especialistas. Agora, os investigadores procuram o espólio disperso por coleccionadores privados e instituições públicas, como o arquivo histórico da RDP e o Museu Nacional do Teatro. Se, no final da década de 1920, havia gravações de valsas, boleros, polkas e rapsódias, na década de 1960 havia a música pop e massificava-se a edição e aumentava o consumo de discos. Música popular e pop, fado em guitarra e ao piano, música de teatro de revista e outras séries - se elas não são recuperadas desaparecem rapidamente. A notícia refere ainda a colecção de discos de fado que pertencia ao britânico Bruce Bastin e os discos de estreia dos Osso Exótico e dos Ocaso Épico, bandas de culto das décadas de 1980 e 1990.
BAREME PODE SEPARAR AUDIÊNCIAS DE JORNAIS E DE REVISTAS
A newsletter da Meios e Publicidade informa que está, "em fase de orçamentação na Marktest, de dividir o estudo entre jornais e revistas".
quarta-feira, 25 de maio de 2011
LANÇAMENTO DO LIVRO DE JOSÉ MIGUEL SARDICA
Hoje, ao final da tarde foi lançado o livro de José Miguel Sardica, O século XX português, na livraria Leya na Barata. A apresentação esteve a cargo da professora Maria Fátima Bonifácio (retirei um excerto da sua apresentação, que se pode ver no segundo vídeo).
ARTES PERFORMATIVAS AFRICANAS E DA AMÉRICA LATINA EM PORTUGAL
No número mais recente da revista Próximo Futuro (Gulbenkian), Tiago Bartolomeu Costa escreve sobre "A presença das artes performativas latino americanas e africanas em Portugal desde 1974". Ele propõe uma divisão em três períodos, o primeiro dos quais decorreu de 1974 a 1991.
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terça-feira, 24 de maio de 2011
O ÁLBUM DE FAMÍLIA
A peça, de Rui Herbon e em cena no Teatro Aberto (Lisboa) é sobre alguém que empreende uma viagem à procura de si. Indica ainda poder ter ocorrido antes ou depois de 1974. Para mim, a peça aponta para um tempo anterior ao corte de regime. A partida é afinal uma falsa partida: as personagens nunca saem do sítio, não têm vontade suficiente de sair. A mãe porque a sua mãe morreu naquela casa, o pai porque não tem bilhete para embarcar no comboio e noutro comboio, o rapaz porque parece dividido entre sinais de ter prestado serviço militar no tempo da guerra colonial e incapacidade pessoal e mental de enfrentar o mundo, a rapariga porque não quer sair, a avó porque já morreu mas reaparece no álbum de família. Os olhares das personagens são vagos, como se houvesse nevoeiro, vontade de romper com o passado e sua ausência (ver texto completo aqui).
segunda-feira, 23 de maio de 2011
LIVRO DE NUNO CINTRA TORRES
Nuno Cintra Torres vai lançar em breve o livro Televisão, o nosso medium preferido.
ARAB SPRING AND COMMUNICATION
Over the past several months events in the Middle East and elsewhere in the developing world have placed an international spotlight on the role of social media in facilitating and resisting social change. Communication researchers should be at the center of efforts to understand these events. A special issue of the Journal of Communication will be devoted to this exciting and important topic. Prof. Philip Howard, whose recent book, The Digital Origins of Dictatorship and Democracy: Information Technology and Political Islam, makes an important contribution to our understanding of the “Arab Spring”, has agreed to serve as Guest Co-editor of a special issue planned for early 2012. Deadline for submission is August 15, 2011. Please, contact Prof. Philip Howard (pnhoward@uw.edu) or Malcolm (Mac) Parks (macp@uw.edu) if you have further questions.
sábado, 21 de maio de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
BAILE EM COIMBRA E MARIONETAS EM MONTEMOR-O-NOVO
Baile da Rosa, 27 de Maio às 22:00, em Coimbra, e Encontro de Marionetas em Montemor-o-Novo, de 2 a 12 de Junho.
O LIVRO ELECTRÓNICO
Pela primeira vez, a venda de livros electrónicos da Amazon ultrapassou a venda de livros em papel. Por cada 100 edições impressas, o site vendeu 105 electrónicas (do jornal Público). Em Novembro de 2007, a Amazon havia lançado o primeiro modelo do Kindle. A mudança de paradigma (do papel para o digital) está a ser mais rápida que julgávamos.
Por outro lado, uma colega minha, de regresso de Nova Iorque, disse-me que a livraria que costuma visitar para comprar livros tinha prateleiras vazias. Ao comentar que tinha visto sobre um livro uma referência no sítio da internet, disseram-lhe que esse era outro serviço da empresa.
Por outro lado, uma colega minha, de regresso de Nova Iorque, disse-me que a livraria que costuma visitar para comprar livros tinha prateleiras vazias. Ao comentar que tinha visto sobre um livro uma referência no sítio da internet, disseram-lhe que esse era outro serviço da empresa.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
PUBLICIDADE EM TEMPOS DE CRISE FINANCEIRA
"Contra o FMI, defendemos em bloco" é a continuação da imagem de Paulo Futre na publicidade do Licor Beirão, conforme anuncia o Diário Económico (hoje). Depois de uma conferência de imprensa considerada desastrosa em candidatura às eleições do Sporting, a prometer um jogador chinês que traria muitos compatriotas dele a Portugal, o antigo jogador participou em campanha bem humorada e volta a encher os mupis, em tom de campanha eleitoral. FMI e troika, devido ao pedido de resgate financeiro feito por Portugal, entraram no vocabulário comum e os publicitários estão a aproveitar a corrente. Por seu lado, o ACP (Automóvel Clube de Portugal) pegou na sigla FMI e lançou a sua mais recente campanha com o mote "Querida, tenho boas e más notícias! As más são que o FMI nos vai obrigar a poupar... as boas são que me fiz sócio do ACP", spot que passa na rádio até ao final de Maio. Já a Dialogue, que trabalha na área digital, tem uma mensagem com o título "Prós-troika". Parece que os portugueses admiram muito o humor negro, segundo o responsável da agência que ajudou a criar o vídeo "O que a Finlândia deve saber sobre Portugal", quando aquele país ameaçava não contribuir para o empréstimo, e que já terá sido visto no YouTube por mais de um milhão de visitantes.
CINEMAS DA ZON
O Diário Económico de hoje indica que a venda de bilhetes nos cinemas da Zon Lusomundo desceu 18,4% no primeiro trimestre deste ano, para 2,016 mil milhões, quando comparado com o período homólogo de 2010. O número de espectadores decresceu 21,3%. A razão, apontam os dados, prende-se com o enorme sucesso, no ano passado, de Avatar. Entretanto, a Zon passou a explorar as setes salas do outlet Freeport desde Janeiro último e aposta na tecnologia 3D, que existe em 83 salas das 217 que a Zon explora (ao contrário das salas de Paulo Branco, com o recente encerramento das salas de Saldanha Residence, onde vi tantos filmes). A notícia dá conta ainda do crescimento das actividades do negócio do audiovisual, passando para 171 milhões de euros (mais 9,8%), através da consolidação da Dreamia (produtora de canais temáticos para televisão), ultrapassando mesmo as receitas de cinema.
IMPACTO FINANCEIRO DO FUTEBOL
O Diário Económico de ontem estimava que a final da Liga Europa teria um impacto económico de 71,4 milhões de euros, a partir de um estudo do IPAM (Instituto Português de Marketing e Publicidade). Cerca de metade (36,5 milhões de euros) cabia ao mercado nacional, enquanto 14,15 milhões em termos europeus, 9,8 milhões para Dublin, cidade onde ontem se disputou o jogo, seis milhões para o vencedor (Porto) e cinco milhões para o vencido (Braga). Para o montante total, terão contribuído 50 mil espectadores, 40 mil dormidas, 200 mil refeições, 50 mil deslocações internas, 30 mil visitantes e o pagamento a 400 polícias e 700 stewards. Direitos televisivos, patrocinadores e merchandising contribuem também para o montante. A mesma notícia compara este impacto económico com alguns outros eventos desportivos: a final da Liga dos Campeões em 2009 (Manchester United contra Barcelona) atingiu 310 milhões de euros e a final da mesma liga em 2010 (Inter contra Bayern de Munique) alcançou 351 milhões de euros.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
HOMENAGEM A RABINDRANATH TAGORE NA CINEMATECA
Uma pequena homenagem a Rabindranath Tagore, o grande poeta de origem bengali que conquistou o Nobel da literatura em 1913, no momento em que se comemoram os 150 anos do seu nascimento. Os seis magníficos filmes que escolhemos para este programa pertencem a Satyajit Ray, para quem a obra literária de Tagore foi determinante na construção da sua visão do mundo e do cinema (da programação da Cinemateca). 19 a 25 de Maio.
LIVRO DE PEDRO MAGALHÃES SOBRE SONDAGENS
Sondagens, eleições e opinião pública, de Pedro Magalhães, foi lançado no final da tarde no Instituto de Ciências Sociais. Ler mais em http://industrias-culturais.hypotheses.org/.
terça-feira, 17 de maio de 2011
LIVRO DE JOSÉ MIGUEL SARDICA
O Século XX Português, de José Miguel Sardica, será apresentado pela historiadora Maria de Fátima Bonifácio no dia 25 de Maio, pelas 18:30, na livraria LeYa na Barata, à av. de Roma, 11 A, em Lisboa.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
TELEVISÃO E INVESTIMENTOS EM PUBLICIDADE
Os jornais de hoje referem-se ao impacto que as eleições de 5 de Junho próximo podem ter no operador público de televisão (e rádio), pois o PSD, um dos partidos que ambicionam ganhar as eleições, propõe a privatização da RTP (Diário Económico). A segunda notícia (Jornal de Negócios) indica uma quebra de receitas de publicidade em 3% no primeiro trimestre deste ano.
Na notícia do Económico, os agentes do sector da publicidade estão na expectativa. Se o PSD propõe a privatização, um novo canal não suporta mais investimento publicitário, dizem. O PS, habitual defensor do serviço público de televisão, propõe mais publicidade no canal público, de modo a poder baixar o contributo do Estado, mas isso terá um efeito desastroso nos canais privados. A RTP, em 2010, recebeu do Estado uma indemnização compensatória de 121,1 milhões de contos e a contribuição do audiovisual chegou aos 109,6 milhões de euros, a que falta somar o investimento da publicidade. Os canais de sinal aberto valem, em termos de publicidade anual, cerca de 300 milhões de euros, metade do investimento publicitário do mercado nacional. Em coluna própria, Nuno Cintra Torres assume a privatização da RTP: para ele, o Estado manteria a propriedade das frequências, concessionando um canal para serviço público e outro para televisão privada, aproximando-se, pois, do modelo preconizado pelo PSD. Lembro que este modelo foi pensado já durante o governo de Durão Barroso, quando surgiu a proposta de canal da sociedade civil. Hoje, há outras variáveis a acrescentar: o mau estado financeiro do país e a maior concorrência dos canais de cabo.
No texto do Negócios, a perda de investimentos atingiu três grupos: Cofina (12046 milhões de euros para 11454 milhões), Impresa (31226 milhões de euros para 30888 milhões), Media Capital (32512 milhões de euros para 31120 milhões). A SIC e os seus canais temáticos (Impresa) escapam à tendência. Não há informação sobre o grupo Controlinveste, mas as mexidas na direcção do Jornal de Notícias e a formação de uma equipa de economia fornecedora de informação específica para o grupo indicam iguais preocupações. Imprensa, outdoors e televisão generalista são os sectores de maior quebra. O ponto de vista desta notícia coincide com a anterior. Eleições, entrada do FMI e aplicação de um programa de austeridade geram incertezas. Uma responsável do sector ouvida pelo jornal considera que há marcas que não abrandam os investimentos de publicidade em períodos de crise e podem, por isso, ganhar força e diferenciação face à concorrência.
Na notícia do Económico, os agentes do sector da publicidade estão na expectativa. Se o PSD propõe a privatização, um novo canal não suporta mais investimento publicitário, dizem. O PS, habitual defensor do serviço público de televisão, propõe mais publicidade no canal público, de modo a poder baixar o contributo do Estado, mas isso terá um efeito desastroso nos canais privados. A RTP, em 2010, recebeu do Estado uma indemnização compensatória de 121,1 milhões de contos e a contribuição do audiovisual chegou aos 109,6 milhões de euros, a que falta somar o investimento da publicidade. Os canais de sinal aberto valem, em termos de publicidade anual, cerca de 300 milhões de euros, metade do investimento publicitário do mercado nacional. Em coluna própria, Nuno Cintra Torres assume a privatização da RTP: para ele, o Estado manteria a propriedade das frequências, concessionando um canal para serviço público e outro para televisão privada, aproximando-se, pois, do modelo preconizado pelo PSD. Lembro que este modelo foi pensado já durante o governo de Durão Barroso, quando surgiu a proposta de canal da sociedade civil. Hoje, há outras variáveis a acrescentar: o mau estado financeiro do país e a maior concorrência dos canais de cabo.
No texto do Negócios, a perda de investimentos atingiu três grupos: Cofina (12046 milhões de euros para 11454 milhões), Impresa (31226 milhões de euros para 30888 milhões), Media Capital (32512 milhões de euros para 31120 milhões). A SIC e os seus canais temáticos (Impresa) escapam à tendência. Não há informação sobre o grupo Controlinveste, mas as mexidas na direcção do Jornal de Notícias e a formação de uma equipa de economia fornecedora de informação específica para o grupo indicam iguais preocupações. Imprensa, outdoors e televisão generalista são os sectores de maior quebra. O ponto de vista desta notícia coincide com a anterior. Eleições, entrada do FMI e aplicação de um programa de austeridade geram incertezas. Uma responsável do sector ouvida pelo jornal considera que há marcas que não abrandam os investimentos de publicidade em períodos de crise e podem, por isso, ganhar força e diferenciação face à concorrência.
HISTÓRIA DE PORTUGAL
O livro O século XX português, de José Miguel Sardica, agora editado pela Texto, é o resultado de uma viagem a "mais de 100 anos de história portuguesa, desde a crise da monarquia constitucional até à primeira década do século XXI, revisitando as causas do 5 de Outubro de 1910, a Primeira República, a Ditadura Militar, o Estado Novo, o PREC, a Democracia e a integração na Europa" (da contracapa).
Em 2008, como aqui escrevi, José Miguel Sardica publicara Twentieth century Portugal, conjunto de aulas que ele leccionara na Universidade Católica a alunos oriundos de universidades norte-americanas. Agora surge a tradução e uma adaptação. O autor refez a introdução e a conclusão, actualizou dados, reelaborou notas, alargou os anexos e introduziu mais bibliografia.
Na falta de material novo, que o blogueiro não conseguiu por falta de tempo, reproduzo aqui o vídeo que fiz com José Miguel Sardica em 2008 e remeto para a leitura que fiz da edição em inglês aqui.
Em 2008, como aqui escrevi, José Miguel Sardica publicara Twentieth century Portugal, conjunto de aulas que ele leccionara na Universidade Católica a alunos oriundos de universidades norte-americanas. Agora surge a tradução e uma adaptação. O autor refez a introdução e a conclusão, actualizou dados, reelaborou notas, alargou os anexos e introduziu mais bibliografia.
Na falta de material novo, que o blogueiro não conseguiu por falta de tempo, reproduzo aqui o vídeo que fiz com José Miguel Sardica em 2008 e remeto para a leitura que fiz da edição em inglês aqui.
sábado, 14 de maio de 2011
LIVRO SOBRE A ASSOCIAÇÃO DE RÁDIOS DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ
O livro de Joaquim Sousa Queirós, com o título 20 anos ao serviço das rádios locais. ARIC 1991-2001, contributos para a história, divide-se em três partes. Se a primeira conta com o texto do próprio Sousa Queirós, dividido entre a abordagem ao aparecimento das rádios locais e à criação e desenvolvimento da ARIC (Associação das Rádios de Inspiração Cristã), as outras partes incluem depoimentos de dirigentes da associação ao longo do tempo e documentos essenciais para a sua compreensão.
O autor indica ter usado documentação própria (das instituições), memória pessoal, fontes (textos publicados). Foi colaborador da Rádio Renascença do Porto entre 1975 e 1977, com um programa semanal de temática sócio-religiosa, e participou na área de informação, com reportagens e cobertura de eleições para a Constituinte (1976). Convidado a reorganizar os serviços da delegação do Porto da Renacença, assumiria funções de delegado da gerência. Mais tarde, iniciou o arranque de estúdios regionais com programação autónoma em diversas horas do dia. Em 1991, participava na criação da ARIC. Magalhães Crespo, gerente executivo da Renascença, delegou em Joaquim Sousa Queirós enquanto seu adjunto no acompanhamento da ARIC. O nosso autor tornar-se-ia secretário de direcção em Março de 1996, vice-presidente em Março de 2004 e presidente em 2006 até 2009. Logo, pelo seu percurso, vemos que conhece bem a realidade que retrata no livro, a apresentar no dia 1 de Junho pelas 18:30 na Universidade Católica.
O autor indica ter usado documentação própria (das instituições), memória pessoal, fontes (textos publicados). Foi colaborador da Rádio Renascença do Porto entre 1975 e 1977, com um programa semanal de temática sócio-religiosa, e participou na área de informação, com reportagens e cobertura de eleições para a Constituinte (1976). Convidado a reorganizar os serviços da delegação do Porto da Renacença, assumiria funções de delegado da gerência. Mais tarde, iniciou o arranque de estúdios regionais com programação autónoma em diversas horas do dia. Em 1991, participava na criação da ARIC. Magalhães Crespo, gerente executivo da Renascença, delegou em Joaquim Sousa Queirós enquanto seu adjunto no acompanhamento da ARIC. O nosso autor tornar-se-ia secretário de direcção em Março de 1996, vice-presidente em Março de 2004 e presidente em 2006 até 2009. Logo, pelo seu percurso, vemos que conhece bem a realidade que retrata no livro, a apresentar no dia 1 de Junho pelas 18:30 na Universidade Católica.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
LES INDUSTRIES CRÉATIVES
Les industries créatives, encore, toujours et partout. Actualités et enjeux des transformations dans les industries créatives. Pourquoi le thème des industries et de l’économie créatives sont-ils aussi présents sous des latitudes aussi diverses que les anciens pays industriels et les pays émergents ? Quels sont les enjeux soulevés par ces mouvements ? Faut-il prendre au sérieux ces notions et qu’apportent-elles de nouveau par rapport à des notions plus établies, celle d’industries culturelles en particulier, et par rapport également aux thématiques de la société de l’information ou de la connaissance ? Qu’est-ce qui relie les industries créatives au territoire ? De nouveaux « acteurs » et de nouvelles institutions émergent-ils ? Telles sont les questions centrales soumises à plusieurs chercheurs, étrangers et français, invités par l’équipe de l’ANR « Des théories des industries culturelles et éducatives aux théories des industries créatives ».
Le mardi 7 juin 2011, de 9h00 à 18h00, à la Salle de conférence de la MSH Paris Nord. Bureau 45. 4 rue de la Croix Faron, St Denis la Plaine. Voir ici.
Le mardi 7 juin 2011, de 9h00 à 18h00, à la Salle de conférence de la MSH Paris Nord. Bureau 45. 4 rue de la Croix Faron, St Denis la Plaine. Voir ici.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
LIDERANÇA DE AUDIÊNCIAS
No domingo, o programa que se estreou Perdidos na Tribo, da TVI, teve 41,5% de share. Seguiu-se o programa Peso Pesado, da SIC, com 35,2% de share (na semana anterior, de estreia, chegara a 44,8%). No total do dia de domingo, a TVI teve 28,83% de share, a SIC 27% e a RTP1 17,13%.
Entretanto, em artigo de duas páginas no Diário Económico de ontem, José Eduardo Moniz escreve sobre o programa político do PSD, que defende. Aproveita o último ponto, o oitavo, para dizer o que pensa da actual TVI, ele que foi director-geral até ao ano passado. Escreve sobre o sofrimento na TVI quanto ao desgaste lento mas sustentado (refere-se às audiências). Sobre o modelo de noticiário, indica que se trata de "um modelo que traz a memória de ideias envelhecidas, disfarçadas em tecnologia e novo riquismo, mas sem inovações dignas desse nome. Aposta, sobretudo, em aspectos formais e parece confiar mais na notoriedade dos apresentadores do que na essência do jornalismo". Acaba por criticar opções jornalísticas, o que prova que continua a seguir a programação do canal numa mistura de mágoa e de ressentimento.
Entretanto, em artigo de duas páginas no Diário Económico de ontem, José Eduardo Moniz escreve sobre o programa político do PSD, que defende. Aproveita o último ponto, o oitavo, para dizer o que pensa da actual TVI, ele que foi director-geral até ao ano passado. Escreve sobre o sofrimento na TVI quanto ao desgaste lento mas sustentado (refere-se às audiências). Sobre o modelo de noticiário, indica que se trata de "um modelo que traz a memória de ideias envelhecidas, disfarçadas em tecnologia e novo riquismo, mas sem inovações dignas desse nome. Aposta, sobretudo, em aspectos formais e parece confiar mais na notoriedade dos apresentadores do que na essência do jornalismo". Acaba por criticar opções jornalísticas, o que prova que continua a seguir a programação do canal numa mistura de mágoa e de ressentimento.
IMPRESA
O grupo Impresa, no primeiro trimestre de 2011, teve um prejuízo de 3,4 milhões de euros, segundo se lia ontem no Diário Económico e no Jornal de Negócios. A área editorial (Impresa Publishing) foi a que teve maior quebra de receitas, com 18,3 milhões de euros. A perda de receitas no mercado publicitário foi ligeira.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Lojas de roupa em segunda mão (Ottawa e Porto)
As peças que estão nestas montras foram usadas por pessoas que delas se desfizeram e estão prontas a ser vestidas e calçadas por outras pessoas. A troca de venda e compra de roupa e outros acessórios de vestir impõe uma história, uma antropologia e uma sociologia da moda e dos afectos. O que leva alguém a vender um vestido ou umas calças ou um par de sapatos? Porque já não gosta, porque mudou de casa e não tem espaço, porque cresceu, porque precisou de fazer algum dinheiro? E quem compra? Para adereços de um filme ou novela, por nostalgia de uma moda de anos antes, por preços mais baratos, porque as peças já estão ajustadas aos corpos depois de algum uso?
O mercado de peças em segunda mão é uma das acções que mais me fascinam e intrigam. Compreendo que se vendam livros de uma biblioteca porque uma família o decidiu por razões várias. Também entendo as causas de trocar discos de vinil ou aparelhos electrónicos. Mas aquilo que andou na pele de alguém mudar-se para a pele de outra pessoa tem a ver com intimidades, poses, estilos, gostos pessoais.
O mercado de peças em segunda mão é uma das acções que mais me fascinam e intrigam. Compreendo que se vendam livros de uma biblioteca porque uma família o decidiu por razões várias. Também entendo as causas de trocar discos de vinil ou aparelhos electrónicos. Mas aquilo que andou na pele de alguém mudar-se para a pele de outra pessoa tem a ver com intimidades, poses, estilos, gostos pessoais.
COMUNICAÇÃO VIRAL
Vídeo sobre Portugal para os finlandeses com mais de 500 mil visualizações em dois dias é o título de uma notícia da revista Briefing, a propósito do apoio ou não apoio da Finlândia no empréstimo financeiro que tem sido discutido nos últimos dias. O vídeo português sobre a Finlândia está aqui e a resposta finlandesa aqui. Nesta resposta, parece que o coração, o amor e a mente dos finlandeses estão connosco.
Este é um tema que eu devo reflectir neste espaço, o da capacidade de invenção e sagacidade individual aplicando o vídeo, a publicidade, o passa a palavra electrónica e os media mais clássicos, qual marketing viral aplicado à comunicação, e com uma velocidade de construção e resposta vertiginosa. Uma conferência desastrada de Paulo Futre no apoio a uma lista candidata à direcção do Sporting tornou-se motivo para uma inteligente campanha publicitária a uma marca de licores, mesmo que não muito atraente. Um humorista e imitador espanhol pegou no modo de falar de José Mourinho, treinador do Real Madrid, e usou-o para criticar um tipo de caramelos de ananás, que percorreu com sucesso as redes sociais e parece ter já resposta de Guardiola, o treinador do Barcelona.
Este é um tema que eu devo reflectir neste espaço, o da capacidade de invenção e sagacidade individual aplicando o vídeo, a publicidade, o passa a palavra electrónica e os media mais clássicos, qual marketing viral aplicado à comunicação, e com uma velocidade de construção e resposta vertiginosa. Uma conferência desastrada de Paulo Futre no apoio a uma lista candidata à direcção do Sporting tornou-se motivo para uma inteligente campanha publicitária a uma marca de licores, mesmo que não muito atraente. Um humorista e imitador espanhol pegou no modo de falar de José Mourinho, treinador do Real Madrid, e usou-o para criticar um tipo de caramelos de ananás, que percorreu com sucesso as redes sociais e parece ter já resposta de Guardiola, o treinador do Barcelona.
ROCK AND HEAVY METAL
Rock and heavy metal. The perspective of social sciences. Le 20 mai 2011, de 8h30 à 19h, le CEAQ / GREMES organise une journée d'étude consacrée aux musiques rock et métal. Elle aura lieu à l'amphithéâtre Émile Durkheim en Sorbonne et réunira 14 chercheurs issus des sciences humaines (14 rue Cujas, Paris). Programme: ici.
ECONOMIA DO GRUPO CONTROLINVESTE
Na edição de sábado último, o Diário de Notícias destacava o novo projecto económico do grupo a que pertence, a Controlinveste, chamado "Dinheiro Vivo". Trata-se de um sítio de economia, a estar presente em todos os meios do grupo: online, a partir de 16 deste mês, na TSF (com programa com o mesmo nome) e em suplemento nos dois diários do grupo: Jornal de Notícias e Diário de Notícias. A edição de hoje do Jornal de Negócios adianta mais alguns dados: além do director, André Macedo, o projecto conta com Miguel Pacheco e Sílvia Oliveira, todos oriundos da primeira direcção do jornal i (mais quatro jornalistas igualmente provenientes desse jornal). No total, a equipa conta com 31 jornalistas. Faço aqui duas notas: a primeira para destacar a importância do jornal i, que agora o grupo Controlinveste recupera ao admitir alguns dos responsáveis iniciais do jornal; a segunda para entender melhor a movimentação da semana passada com a demissão do director do Jornal de Notícias, dada a centralização da secção de economia dos dois jornais, até agora independentes. Uma outra nota, corolário das notícias indicadas, significa uma aposta crescente do grupo nas notícias de economia e nas plataformas digitais. O Jornal de Negócios aponta outra informação: em 2010, a marca Global Imagens juntou os fotógrafos dos dois jornais da Controlinveste (então com 26 ao todo), que terá representado poupança e racionalização. Nestes movimentos, as duas marcas - Jornal de Notícias e Diário de Notícias - perdem alguma identidade própria, embora a aposta seja, como escrevi antes, nas diversas plataformas tecnológicas e não apenas nos jornais de papel.
ESTAÇÃO DE RÁDIO SOCIAL LANÇADA NOS ESTADOS UNIDOS
Segundo o sítio Media Network, vão ser lançadas nos Estados Unidos, no próximo mês de Junho, as primeiras estações de rádio alimentadas pela Web social, durante 24 horas por dia, com base na plataforma Jelli. A Jelli assume toda a programação de duas emissoras de rádio por via terrestre em Las Vegas.
Nas estações KHIJ-FM e-KVBE FM, os ouvintes escolhem em tempo real cada música pop ou rock através do sítio Jelli ou Jelli app para iPhone. No momento, há mais de 150 milhões de americanos que usam as redes sociais para partilhar, comunicar e consumir conteúdos. A rádio tem 242 milhões de ouvintes por semana. Assim, a experiência da Jelli pode combinar o poder e o entretenimento da rede social com o alcance de uma transmissão de rádio terrestre e criar algo de muito inovador. A emissão das duas estações será totalmente automatizada através da plataforma em nuvem da Jelli.
Nas estações KHIJ-FM e-KVBE FM, os ouvintes escolhem em tempo real cada música pop ou rock através do sítio Jelli ou Jelli app para iPhone. No momento, há mais de 150 milhões de americanos que usam as redes sociais para partilhar, comunicar e consumir conteúdos. A rádio tem 242 milhões de ouvintes por semana. Assim, a experiência da Jelli pode combinar o poder e o entretenimento da rede social com o alcance de uma transmissão de rádio terrestre e criar algo de muito inovador. A emissão das duas estações será totalmente automatizada através da plataforma em nuvem da Jelli.
domingo, 8 de maio de 2011
AUDIÊNCIAS E NOVOS CANAIS DE CABO
Anteontem, o Diário Económico publicou um suplemento comemorativo do primeiro aniversário do canal televisivo do grupo Ongoing, dedicado à economia, citando-me: "Rogério Santos, da Universidade Católica de Lisboa, enquadra esta evolução do Económico em dois movimentos cada vez mais visíveis: «a segmentação e a digitalização». «Enquanto as televisões generalistas terão mais dificuldade em crescer, tratando-se de um mercado maduro, a audiência dos canais por cabo estão a crescer cerca de 20%», explica, lembrando e importância do surgimento dos operadores Meo e Zon nesta área". O que eu quis dizer foi que o conjunto dos canais por cabo ultrapassou os 20% de audiência.
sábado, 7 de maio de 2011
VII CONGRESSO DA SOPCOM
O VII congresso da SOPCOM Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação), dedicado ao título Meios Digitais e Indústrias Criativas, é organizado pelo CETAC.MEDIA (Centro de Estudos das Tecnologias e Ciências da Comunicação) e decorrerá na Universidade do Porto, de 15 a 17 de Dezembro de 2011. A organização convida os investigadores interessados a remeter, até 30 de Junho, propostas de comunicações a apresentar no Congresso nos seguintes domínios: 1.Comunicação e Política, 2.Economia e Políticas da Comunicação, 3.Estudos Fílmicos, 4.Estudos Televisivos, 5.Jornalismo e Sociedade, 6.Publicidade e Comunicação, 7.Retórica, 8.Semiótica, 9.Ciência da Informação, 10.Comunicação, Arte e Design, 11.Comunicação Multimédia, 12.História e Teorias da Comunicação e da Imagem, 13.Estudos Culturais e de Género, 14.Educação para os Média, 15.Ciência e Ambiente, 16.Comunicação Organizacional, 17.Indústrias Criativas na Comunicação, e 18.Sociologia da comunicação.
Cultura portuguesa no divã
A Cultura Portuguesa no Divã, livro coordenado por Isabel Capeloa Gil e Adriana Martins e editado pela Universidade Católica Editora, reune comunicações ao seminário "Psicanálise e Cultura Portuguesa" realizado na Gulbenkian em 28 e 29 de Junho de 2010. Os textos pertencem a Isabel Capeloa Gil, José Gil, Carlos Morujão, Patrícia Vieira, José Martinho, Carlos Amaral Dias, Paulo de Medeiros, Pedro Eiras, Cláudia Franco Souza, Filipe Pereirinha, Joana Matos Frias, Sebastián Patrón Saade, Naomi Segal, Ana Paula Ferreira e Philip Rothwell, contando com apresentação do volume por Emílio Rui Vilar e uma mesa-redonda com Ana Paula Ferreira, Lídia Jorge e Margarida Cardoso.
Para uma das organizadoras do livro, Isabel Capeloa Gil, o seminário e a publicação de trabalhos saídos dele visam "não apenas inquirir da utilidade da abordagem psicanalítica para o estudo da literatura e das humanidades em geral, mas igualmente perceber o modo como a textura cultural portuguesa se afigura conceptualmente produtiva para a análise" (p. 14).
O livro foi hoje lançado na Feira do Livro (Lisboa).
Para uma das organizadoras do livro, Isabel Capeloa Gil, o seminário e a publicação de trabalhos saídos dele visam "não apenas inquirir da utilidade da abordagem psicanalítica para o estudo da literatura e das humanidades em geral, mas igualmente perceber o modo como a textura cultural portuguesa se afigura conceptualmente produtiva para a análise" (p. 14).
O livro foi hoje lançado na Feira do Livro (Lisboa).
PORTO - A ROTA DAS MERCEARIAS FINAS
Há um conjunto de mercearias tradicionais do Porto, que identifico como "finas", segundo um vocabulário antigo, muitas delas em torno do mercado do Bolhão. Enquanto este regista uma degradação em termos comerciais e estéticos, esquecendo tempos de grande importância como mercado abastecedor da zona baixa e histórica da cidade, as lojas mantêm dignidade. Podemos dizer que sempre houve uma distribuição de funções, articulando mercado e lojas: enquanto o mercado servia produtos primários (hortículas, flores, outros produtos da terra necessários para a alimentação diária), as mercearias "finas" e as pastelarias (confeitarias, na designação portuense) apresentavam produtos complementares, de uso menos geral e mais dispendioso, próprio de determinadas épocas do ano, como bacalhau, queijo da Serra, bolos, chocolates e outras guloseimas, vinhos do Porto, licores e outras bebidas, café e chás, presuntos e outros enchidos. Algumas dessa lojas conservam fachadas de muito nível, de arte nova, por exemplo, e grafismos clássicos nos títulos das mesmas. Rua Formosa, rua Sá da Bandeira, rua Fernandes Tomás e rua de Santo Ildefonso conservam alguns exemplares de lojas dignas da cultura urbana do Porto.
RADIOS LIBRES, 30 ANS DE FM: LA PAROLE LIBÉRÉE?
Radios libres, 30 ans de FM : la parole libérée? Colloque International du GRER à l'Université Paris-Diderot (amphithéâtre Buffon, 15 rue Hélène Brion, Paris 13ème). Vendredi 20 et samedi 21 mai 2011.
L¹année 1981 a marqué l'accélération fondamentale du mouvement des radios libres, engagé depuis 1977 en France. Bénéficiant de l'élection de François Mitterrand à la présidence de la République et du changement de majorité qui s'ensuivit, s'engouffrant dans la brèche pratiquée par les dissidents de la première heure, des dizaines, des centaines, puis des milliers de stations locales virent le jour. Contraint de légiférer dans l'urgence, le nouveau pouvoir fit voter deux lois successives : l'une dite de tolérance, le 9 novembre 1981, l'autre de régulation, le 29 juillet 1982. Ceci marqua la fin du monopole de la radiodiffusion et, de fait, les débuts de la dérégulation de l'audiovisuel français. À l'occasion du trentième anniversaire de ce basculement majeur dans l'histoire des médias et de la communication en France, le Groupe de Recherches et d'Études sur la Radio (GRER), à travers un colloque international, va revenir sur cette période déterminante. Il convie les chercheurs, professionnels, militants, auditeurs et publics à y participer. Un programme des interventions et des participants est disponible sur le site du GRER en ligne ou en téléchargement GRER. Les thèmes et questions suivantes seront abordés : Née sous l'étendard de la « parole libérée » et de la communication sociale, dans des conditions historiques qu'il s'agit de réexaminer, la grande vague radiophonique des années 80 a-t-elle tenu ses promesses? De quelles manières? Quel est son héritage?
- Histoire(s) et définition(s) du mouvement des radios dites libres;
- Influences réciproques entre le mouvement français et des situations à l'étranger (Italie, Belgique, Grande-Bretagne, Espagne, Afrique, etc.);
- Évolution des radios locales privées au regard de l¹aspiration initiale à une «parole libérée» et analyse du paysage radiophonique né après 1981;
- La mémoire, l'archivage des productions de ce mouvement et leur mise en valeur (notamment muséographique).
Ce colloque est organisé par le GRER à et en partenariat avec l'Université Paris-Diderot, ainsi que le Centre d'art et de recherche Bétonsalon et l'association Eldoradio (qui organisent, en relation avec le colloque, une exposition : http://www.betonsalon.net/spip.php?rubrique102 jusqu'au 21 mai 2011), la Fédération des Radios Associatives d'Île-de-France (FRADIF), l'Institut National de l'Audiovisuel (INA), la société Médiamétrie et le Comité d'Histoire de la Radio (CHR). Entrée libre et gratuite (dans la limite des places disponibles et sous réserve d'inscription préalable). Lieu : Université Paris-Diderot (amphithéâtre Buffon, 15 rue Hélène Brion, Paris 75013). Contacts: Thierry Lefebvre (Responsable du colloque), Sebastien Poulain et le GRER.
L¹année 1981 a marqué l'accélération fondamentale du mouvement des radios libres, engagé depuis 1977 en France. Bénéficiant de l'élection de François Mitterrand à la présidence de la République et du changement de majorité qui s'ensuivit, s'engouffrant dans la brèche pratiquée par les dissidents de la première heure, des dizaines, des centaines, puis des milliers de stations locales virent le jour. Contraint de légiférer dans l'urgence, le nouveau pouvoir fit voter deux lois successives : l'une dite de tolérance, le 9 novembre 1981, l'autre de régulation, le 29 juillet 1982. Ceci marqua la fin du monopole de la radiodiffusion et, de fait, les débuts de la dérégulation de l'audiovisuel français. À l'occasion du trentième anniversaire de ce basculement majeur dans l'histoire des médias et de la communication en France, le Groupe de Recherches et d'Études sur la Radio (GRER), à travers un colloque international, va revenir sur cette période déterminante. Il convie les chercheurs, professionnels, militants, auditeurs et publics à y participer. Un programme des interventions et des participants est disponible sur le site du GRER en ligne ou en téléchargement GRER. Les thèmes et questions suivantes seront abordés : Née sous l'étendard de la « parole libérée » et de la communication sociale, dans des conditions historiques qu'il s'agit de réexaminer, la grande vague radiophonique des années 80 a-t-elle tenu ses promesses? De quelles manières? Quel est son héritage?
- Histoire(s) et définition(s) du mouvement des radios dites libres;
- Influences réciproques entre le mouvement français et des situations à l'étranger (Italie, Belgique, Grande-Bretagne, Espagne, Afrique, etc.);
- Évolution des radios locales privées au regard de l¹aspiration initiale à une «parole libérée» et analyse du paysage radiophonique né après 1981;
- La mémoire, l'archivage des productions de ce mouvement et leur mise en valeur (notamment muséographique).
Ce colloque est organisé par le GRER à et en partenariat avec l'Université Paris-Diderot, ainsi que le Centre d'art et de recherche Bétonsalon et l'association Eldoradio (qui organisent, en relation avec le colloque, une exposition : http://www.betonsalon.net/spip.php?rubrique102 jusqu'au 21 mai 2011), la Fédération des Radios Associatives d'Île-de-France (FRADIF), l'Institut National de l'Audiovisuel (INA), la société Médiamétrie et le Comité d'Histoire de la Radio (CHR). Entrée libre et gratuite (dans la limite des places disponibles et sous réserve d'inscription préalable). Lieu : Université Paris-Diderot (amphithéâtre Buffon, 15 rue Hélène Brion, Paris 75013). Contacts: Thierry Lefebvre (Responsable du colloque), Sebastien Poulain et le GRER.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
AUDIÊNCIAS
Ontem, num hotel de Lisboa, a Marktest organizou uma conferência a informar que manterá a medição de audiências de televisão em 2012, apesar da GfK ter ganho o recente concurso lançado pela CAEM (Comissão de Análise de Estudos de Meios) [junto notícias do Jornal de Negócios e Diário Económico de hoje]. A Marktest anunciou também ter em ensaio 60 audímetros com tecnologia audiomatching, tendo já informado a CAEM que pretende adicionar os lares com este equipamento ao painel actual. Na conferência, foi apresentado o audímetro da Kantar, empresa com sede no Reino Unido, que detém 40% da Investimentos Marktest e que foi escolhida pela empresa portuguesa por ter a tecnologia mais fiável instalada em 24 países. O resultado do teste num período recente (28 de Março a 18 de Abril) indica não haver muitas diferenças em termos de audiência entre o sistema instalado e o novo, mas a amostra é reequilibrada. O audiomatching é a tecnologia igualmente a instalar no mercado português pela GfK. Caso as duas empresas façam análise de audiências no começo do próximo ano, assistir-se-á a uma desregulação no mercado como há muito não existia.
MORTE DO PROFESSOR JOSÉ AUGUSTO MOURÃO
Foi conhecida ao fim da manhã a morte do professor José Augusto Mourão. Sobre ele, escrevi notas de um livro que publicou conjuntamente com Maria Augusta Babo aqui. Com muita investigação feita na área da semiótica, era professor associado com agregação da Universidade Nova de Lisboa, presidente do ISTA (Instituto S. Tomas de Aquino), poeta e padre dominicano. Alguns dos seus livros são: Textualidade Electrónica. Literatura e Hiperficção, O Nome e a Forma, O Mundo e os Modos da Comunicação e Para Uma Poética do Hipertexto. O professor Mourão doou o seu corpo para estudo científico.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
LIBERDADE DE IMPRENSA
Ontem, como informara, Francisco Pinto Balsemão deu uma conferência sobre liberdade de imprensa. O Diário de Notícias publicou hoje uma notícia sobre o evento ocorrido na Universidade Católica Portuguesa. Na fotografia, o embaixador Fernando Andresen, presidente da Comissão Nacional da Unesco, apresenta Pinto Balsemão. Na mesa, estão ainda o professor Braga da Cruz, reitor daquela universidade, Berhan da Costa, director do Gabinete para os Meios de Comunicação Social, e Filomena Martins, directora-adjunta do Diário de Notícias. O vídeo mostra os primeiros dez minutos da conferência.
ALTERAÇÕES NA LIDERANÇA DO JORNAL DE NOTÍCIAS
José Leite Pereira, director do Jornal de Notícias, demitiu-se do cargo. Foi substituído por Manuel Tavares, até agora director de O Jogo.
THE HISTORY OF THE MEDIA IN SOCIETY
Perception Reception: The history of the media in society. Call for Papers for a conference to be held between 4th and 7th July 2012 at Aberystwyth University, Wales, UK.
The 4th Media History conference will focus on the ways in which people have understood the social, cultural and political roles of the media from the 15th to the 20th century. The concept of ‘the media’ will be interpreted broadly, so as to include print culture (including the press and publishing), cinema, broadcasting, and other visual and electronic media. A great deal of work has been done by scholars on the institutional, political and cultural history of various media. ‘Perception, Reception’ will build on this literature to explore the ways in which the media have historically been understood, conceptualised, and imaginatively represented. Thus the conference will not focus on the content of the media as such, so much as the depiction, perception and reception of the media in different contexts over time. How have readers, consumers, and the respective media industries themselves framed arguments about the media as a force for good (or evil) at different points in time? Have contemporaries always seen the media as agents of change, or is there a counter-history of the media to be written in terms of promoting conservatism, deference and order? How have people understood and represented the media in terms of concepts of personal and geographical space, time, or changing belief systems? Can we think ‘internationally’ about perceptions of the media in different states and nations over time, or is the media still best understood and examined in largely local or regional contexts? We welcome proposals from a range of chronological, geographical and methodological backgrounds. Abstracts, of around 200 words for papers of between 20 to 25 minutes duration, should be sent by close of business on 30 September 2011 to mediahist2012@aber.ac.uk. ‘Perception, Reception’ is jointly organised by the Centre For Media History, Aberystwyth University, the journal Media History and the Trinity Long Room Hub, Trinity College Dublin. Additional enquiries can be directed to one or more of the following: Dr Sian Nicholas, Professor Tom O’Malley or Dr Jason McElligott.
The 4th Media History conference will focus on the ways in which people have understood the social, cultural and political roles of the media from the 15th to the 20th century. The concept of ‘the media’ will be interpreted broadly, so as to include print culture (including the press and publishing), cinema, broadcasting, and other visual and electronic media. A great deal of work has been done by scholars on the institutional, political and cultural history of various media. ‘Perception, Reception’ will build on this literature to explore the ways in which the media have historically been understood, conceptualised, and imaginatively represented. Thus the conference will not focus on the content of the media as such, so much as the depiction, perception and reception of the media in different contexts over time. How have readers, consumers, and the respective media industries themselves framed arguments about the media as a force for good (or evil) at different points in time? Have contemporaries always seen the media as agents of change, or is there a counter-history of the media to be written in terms of promoting conservatism, deference and order? How have people understood and represented the media in terms of concepts of personal and geographical space, time, or changing belief systems? Can we think ‘internationally’ about perceptions of the media in different states and nations over time, or is the media still best understood and examined in largely local or regional contexts? We welcome proposals from a range of chronological, geographical and methodological backgrounds. Abstracts, of around 200 words for papers of between 20 to 25 minutes duration, should be sent by close of business on 30 September 2011 to mediahist2012@aber.ac.uk. ‘Perception, Reception’ is jointly organised by the Centre For Media History, Aberystwyth University, the journal Media History and the Trinity Long Room Hub, Trinity College Dublin. Additional enquiries can be directed to one or more of the following: Dr Sian Nicholas, Professor Tom O’Malley or Dr Jason McElligott.
terça-feira, 3 de maio de 2011
AUDIÊNCIAS DE TELEVISÃO EM ABRIL
"Em Abril de 2011, a TVI obteve 25.8% de share de audiência, a SIC alcançou 23.2%, a RTP1 obteve 21.5%, a RTP2, 4.8% e o cabo e outros canais 24.6%, segundo os dados da Marktest Audimetria/MediaMonitor".
TELEVISÃO POR CABO E AUDIÊNCIAS
A quota de canais de cabo pode ter batido um dos canais generalistas em Abril. Nos últimos meses, essa quota de audiência dos canais por cabo tem ultrapassado os 20%, podendo já ter ficado à frente da audiência da RTP1. O jornal Expresso na edição de sábado indica que até 27 de Abril os mais de cem canais de cabo somavam 22,5% das audiências, três décimas acima da quota da RTP1. Os conteúdos dos canais generalistas mantêm-se nos designados blockbusters: notícias, novelas, grandes entrevistas, desporto e conteúdos de entretenimento como reality shows ou talent shows. Os canais de cabo com maior audiência são SIC Notícias (3%), AXN, FOX, Panda, Sport TV, Hollywood, SIC Mulher, RTPN, Disney e SIC Radical. A segmentação de audiências é cada vez maior, capitalizada nomeadamente pela oferta do IPTV, primeiro o Meo e depois a Zon, com novas ofertas e preços concorrenciais. No mesmo texto, indica-se que, por razões desse crescimento dos canais por cabo, as receitas publicitárias subiram.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
LIBERDADE DE IMPRENSA
O Gabinete para os Meios de Comunicação Social (GMCS) e a Comissão Nacional da Unesco (CNU) decidiram dar visibilidade às questões relacionadas com a Liberdade de Imprensa, realizando eventos comemorativos no dia 3 de Maio – Dia Mundial da Liberdade de Imprensa - e noutros dias ao longo do mesmo mês. Destaco para amanhã os seguintes eventos:
18h30 – Universidade Católica Portuguesa. Lançamento, em parceria com o Diário de Notícias, do Prémio de Jornalismo “Jovens Talentos”. O mote para o concurso será a Liberdade de Imprensa. A peça vencedora será publicada no Diário de Notícias e o seu autor terá direito a frequentar um estágio de três meses no mesmo jornal;
18h45 – Universidade Católica Portuguesa. Conferência sobre a temática da Liberdade de Imprensa, a proferir por Francisco Pinto Balsemão (presidente do grupo Impresa).
18h30 – Universidade Católica Portuguesa. Lançamento, em parceria com o Diário de Notícias, do Prémio de Jornalismo “Jovens Talentos”. O mote para o concurso será a Liberdade de Imprensa. A peça vencedora será publicada no Diário de Notícias e o seu autor terá direito a frequentar um estágio de três meses no mesmo jornal;
18h45 – Universidade Católica Portuguesa. Conferência sobre a temática da Liberdade de Imprensa, a proferir por Francisco Pinto Balsemão (presidente do grupo Impresa).
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